Escândalo de corrupção


Livro da CBF/Nike escrito por Silvio Torres é liberado após 14 anos de censura

Arte Livro CBF NikeA Justiça liberou nesta quinta-feira (9), a venda do livro CBF/Nike de autoria dos deputados Sílvio Torres (SP) e Aldo Rebelo (à época), retirado de circulação em 2002. O livro é baseado no escândalo de corrupção entre empresários e dirigentes da Federação Internacional de Futebol (Fifa), descoberto durante a CPI da CBF/Nike realizada em 2001.

Na ocasião, a publicação foi censurada porque o então presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, citado nas investigações da CPI, entrou na Justiça alegando que o relatório final da CPI não havia sido finalizado. Agora, após 14 anos, a 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concluiu o julgamento do recurso de apelação feito pela Editora Casa Amarela, negando a Ação Indenizatória ajuizada por Teixeira.

Torres afirma que o trabalho da CPI foi eficiente e que não há motivos para serem escondidos do povo. E acha louvável a decisão da justiça na liberação do livro. “Durante muitos anos os dirigentes usaram o futebol brasileiro para bem próprio. Passou da hora! As pessoas de bem sempre desejaram transparência”, ressalta.

Em 2001, objetivo da comissão era apurar as irregularidades do contrato celebrado entre a CBF e a Nike e a situação do futebol no Brasil e as amarrações internacionais. Com isso, relatar de que maneira era comercializada a imagem da seleção, os jogos e provar a existência de propina nos contratos.

De acordo com o deputado Silvio Torres (PSDB/SP), as investigações internacionais surgiram porque o grupo da CBF ampliou tantos os negócios que passaram a realizar cada vez mais transações em bancos suíços e americanos. E achavam que não deviam satisfação a ninguém.

“Eles facilmente manipularam federações e clubes, a partir do contrato com a Nike. Boa parte das transações ilegais passaram por bancos estrangeiros. Portanto, com o desenrolar das investigações muitos serão condenados, inclusive Ricardo Teixeira, e todos aqueles que se associaram a ele. A minha confiança no futebol brasileiro ainda é muito baixa, enquanto não houver uma mudança radical”, destaca o parlamentar.

(Da assessoria do deputado)

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10 junho, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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