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Deputados reiteram posição contrária do PSDB a eventual aumento da carga tributária

Frase Imbassahy 04Deputados do PSDB na Câmara não aceitarão votar a favor de eventual aumento de impostos. A decisão foi reforçada pelo líder do partido na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), em discurso em Plenário na noite de quarta-feira (1). Com isso, os tucanos avaliam que eventual incremento da carga tributária não está entre as alternativas que o governo possa apresentar para que o Brasil supere a crise econômica.

Junto com outros deputados do partido, Imbassahy esteve em audiência com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Logo após o encontro, durante votação de projetos que aumentam a remuneração de servidores públicos, o tucano foi ao microfone no Plenário Ulysses Guimarães e reforçou esse compromisso a favor dos cidadãos. “Em defesa da sociedade brasileira a bancada do PSDB não tem nenhum compromisso e não vai votar nenhum aumento de tributo que possa prejudicar a população do Brasil.” (confira abaixo trecho do discurso).

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Economista, o deputado Marcus Pestana (MG) esteve na reunião e apontou caminhos para cobrir o déficit de R$ 170 bilhões previsto para este ano nas contas públicas. Segundo ele, entre as opções estão a venda de patrimônio, rolar a dívida, cortar gastos ou aumentar impostos. Ele reitera que diante da gravidade da crise econômica, com a maior recessão desde 1929, com dois anos seguidos de retração em patamares elevados, não é possível pensar em aumentar a carga tributária. “Se aumentar os impostos haverá diminuição do desempenho e da eficiência da economia como um todo”, alertou.

Na avaliação do parlamentar do PSDB, o governo Dilma abalou os alicerces da economia de mercado. Ao quebrar contratos e intervir em preços artificialmente, o governo dinamitou o clima institucional e as agências regulatórias. A herança maldita petista é expressa nos números: 11,4 milhões de desempregados, alto índice de falta de trabalho entre os jovens e total quebra de confiança e credibilidade da política econômica. 

Pestana alerta que eventual aumento de impostos vai deprimir ainda mais a economia.

Pestana alerta que eventual aumento de impostos vai deprimir ainda mais a economia.

Além de deixar como herança a maior recessão dos últimos 25 anos, o governo da presidente afastada Dilma também pode ser responsabilizado pelo oitavo trimestre consecutivo de recuo no Produto Interno Bruto. De janeiro a março, o PIB sofreu uma queda de 0,3% frente ao quarto trimestre do ano passado. Em comparação com o primeiro trimestre de 2015, o recuo foi ainda maior: 5,4%. São dois anos seguidos de contração da atividade econômica, iniciada no segundo trimestre de 2014, ainda no primeiro mandato de Dilma Rousseff.

Os números evidenciam o que os brasileiros já sentem há tempos no bolso. “Toda dona de casa sabe que não se pode gastar mais do que tem indefinidamente”, compara o deputado Pestana. Ele explica que para cobrir a despesa é preciso se endividar e, no caso brasileiro, a rolagem da dívida pública, junto com a taxa de juro que tem que pagar, vai virando uma bola de neve porque não há como corrigir o desequilíbrio de uma hora para outra.

A decisão da bancada do PSDB de não aprovar aumento de impostos tem como base a certeza de que, com o aumento do custo das empresas, a economia fica paralisada, provocando recessão e desemprego. “É por isso que se deve fugir desse círculo vicioso”, afirma o tucano.

Em setembro do ano passado, sob a liderança do deputado Carlos Sampaio (SP), o partido participou de um movimento contra qualquer aumento de tributos. À época, o governo de Dilma Rousseff falava em recriar a CPMF, o imposto do cheque. 

(Reportagem: Ana Maria Mejia/fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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2 junho, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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