Momento de agir, por Artur Virgílio Bisneto

Comenta-se com certa frequência no Brasil que o ano só costuma começar de fato depois do Carnaval. Não indo longe, destacando apenas os meses referentes ao segundo mandato de Dilma, o sentimento era que o ano não iria começar nunca. E realmente não começou na gestão da agora presidente afastada.

A vontade que crescia em todas as classes sociais do país era que o governo Dilma acabasse logo, pois esperar até 2018, da maneira que as coisas estavam indo, só iria afundar mais o Brasil e o seu povo. E, assim, o brasileiro foi para a rua protestar, pois cansamos de mentiras, de ver o desemprego só aumentar, de olhar para o bolso e ver a cada dia o dinheiro desvalorizar por conta da alta inflação, de notar o fechamento de várias empresas, de olhar o mar de lama da corrupção que marcou fortemente o governo Dilma… Enfim, não se via no horizonte nada de próspero para o país.

Como resultado natural da imensa insatisfação popular, tivemos a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma e o afastamento temporário da mesma, que não demora deve ser convertido em permanente. Mas e agora?

Agora é o momento de buscar corrigir os pontos vistos como de entrave para fazer o país voltar a funcionar. Dada a profundidade da crise no país, é sabido que tal tarefa configura-se em grande desafio, seja para a gestão interina que assumiu, seja para o novo governo que ganhar as eleições em 2018.

Por hora, cabe a todos nós, parlamentares ou não, acompanhar as medidas que estão sendo tomadas pela gestão interina. Mais do que isso, precisamos de mais ação e cobrar mais, cada um nas suas possibilidades, para que a gestão atual apresente e implemente soluções visando melhorias ao nosso país.

Já que o governo responsável por colocar o país nessa crise gigantesca foi afastado, agora não cabe atitude outra que não agirmos para tirar o país das profundezas dessa crise que vem prejudicando a todos, incluindo Estados, municípios, empresários, trabalhadores em geral, indústria… enfim, todos que fazem este país.

Que o governo interino não se feche ao diálogo como o anterior. E que nós, do PSDB, passemos a discutir mais com a população sobre o Brasil que queremos hoje e amanhã.

(*) Arthur Virgílio Bisneto é deputado federal pelo PSDB-AM. (foto: Alexssandro Loyola)