Será na quarta-feira


A pedido de tucano, Comissão de Defesa do Consumidor debate suspensão do WhatsApp 

A recente suspensão dos serviços do WhatsApp pela Justiça brasileira será discutida, nesta quarta-feira (1º), na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados. O debate foi proposto pelo deputado Marco Tebaldi (SC), presidente do colegiado. A reunião será realizada a partir das 10h no plenário 8.

Segundo o parlamentar, a interrupção do serviço prejudicou, além dos consumidores, um número considerável de empresas que usam a plataforma, entre elas agências de comunicação digital, companhias de encomendas em geral, como buffets, lojas de cosméticos e farmácias, e prestadores de serviços como engenheiros, médicos, dentistas, veterinários, contadores e outros.

Tebaldi destaca que a decisão judicial, embora fundamentada na segurança pública, pune os usuários de todo o país e, portanto, deve ser debatida e, quem sabe, até repensada. “Esse aplicativo hoje é usado para tudo, inclusive para trabalho. A ideia é que os especialistas a ser ouvidos na comissão nos tragam informações importantes e apontem caminhos para evitar novas suspensões do serviço”, afirma o deputado.

ENTENDA O CASO

"Esse aplicativo hoje é usado para tudo, inclusive para trabalho. A ideia é que os especialistas a ser ouvidos na comissão nos tragam informações importantes e apontem caminhos para evitar novas suspensões do serviço", afirma o deputado Marco Tebaldi.

“Esse aplicativo hoje é usado para tudo, inclusive para trabalho. A ideia é que os especialistas a ser ouvidos na comissão nos tragam informações importantes e apontem caminhos para evitar novas suspensões do serviço”, afirma o deputado Marco Tebaldi.

No último dia 2 de maio, por determinação da Justiça de Sergipe, as operadoras de telefonia bloquearam os serviços do WhatsApp. A ordem foi expedida pelo juiz Marcel Montalvão, o mesmo que, no começo de março, mandou prender o vice-presidente do Facebook na América Latina, o argentino Diego Jorge Dzodan.

O juiz atendeu a pedido da Polícia Federal, uma vez que o Whatsapp não havia cumprido ordem judicial de quebra do sigilo das mensagens para fins de investigação sobre crime organizado de tráfico de drogas. Em março, a Justiça havia solicitado os endereços físicos de onde os traficantes trocavam mensagens tanto pelo Facebook quanto pelo WhatsApp, aplicativo de mensagens que também pertence à empresa de Mark Zuckerberg.

O Facebook argumentou, em casos anteriores, que não tem os dados pedidos pela Justiça brasileira, pois não armazena dados de conversas, e que possui apenas os números de telefone. Em dezembro do ano passado, o Judiciário mandou suspender o WhatsApp por motivo parecido.

Em fevereiro de 2015, a Justiça de Teresina, no Piauí, também determinou a interrupção temporária do aplicativo por não cumprir decisões judiciais. Mas as operadoras recorreram e, naquela oportunidade, o aplicativo não chegou a ficar fora do ar.

CONVIDADOS

Foram convidados para o debate: Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook na América Latina; Thiago Tavares, membro do Comitê Gestor da Internet – GGI.br;  Carlos Afonso de Souza; diretor do Centro Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas – CTS/FGV; Eduardo Levy Cardoso Moreira, Presidente-Executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal – Sinditelebrasil;  Maria Inês Dolci, coordenadora Jurídica da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor – Proteste; e Daniel Chamorro Petersen, Especialista em Direito da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados.

(Da Agência Câmara, com alterações/ foto: Cleia Viana / Câmara dos Deputados)

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30 maio, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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