Vitória em Plenário
Aprovação de nova meta fiscal é passo inicial para reequilíbrio das contas públicas, avaliam deputados
Após mais de 16 horas de sessão, o Congresso aprovou, na madrugada desta quarta-feira (25), a nova meta fiscal, uma das prioridades da equipe econômica do governo Temer. Os parlamentares autorizaram que o país encerre o ano com um déficit de R$ 170,5 bilhões. A revisão da meta fiscal foi aprovada em votação simbólica em meio à dura obstrução de aliados da presidente afastada Dilma. Mais uma vez o PT foi contra o interesse nacional, mas acabou derrotado.
Deputados do PSDB avaliaram que o resultado foi uma demonstração de força da nova base aliada e deixou claro que o PT e seus satélites resolveram apostar no “quanto pior, melhor”, dificultando ao máximo a aprovação de medidas para tirar o Brasil do buraco em que o governo do próprio PT colocou o país.
Para os tucanos, a nova meta fiscal é um passo inicial para reequilíbrio das contas públicas. A aprovação da medida é considerada essencial para evitar que o governo fique paralisado. Nesta quarta-feira, o presidente interino Michel Temer comentou o resultado da votação e disse que “foi uma bela vitória”.
O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), afirma que o partido votou pela racionalidade. Segundo ele, o maior déficit da história foi obtido devido os devaneios dos governos petistas. “Esse rombo é oriundo da incompetência, da negligencia, da irresponsabilidade e da corrupção, que grassou durante tantos anos nos governos do PT”, disse durante o debate.
O deputado Duarte Nogueira (SP) apontou que o comportamento dos parlamentares petistas durante a sessão mostrou que o PT continua fazendo mal ao país. Conforme destacou, os aliados da presidente afastada fizeram uma “obstrução ferrenha contra a tentativa de consertar um erro crônico que eles, do PT, e seus agregados geraram ao país, especialmente com uma política econômica irresponsável ao longo dos últimos anos”.
O tucano lembrou que, a exemplo do que havia feito em 2015, Dilma enviou ao Congresso um proposta de LDO não condizente com a realidade. Ou seja, maquiou os números para esconder da sociedade a proporção real do rombo que causou aos cofres públicos. Em março deste ano, a petista encaminhou proposta com déficit de R$ 96,7 bilhões, que acabou sendo revista pela equipe de Temer e chegou ao valor de R$ 170,5 bilhões. Nogueira afirma que a economia se deteriorou em função da irresponsabilidade fiscal, da incompetência de gerenciamento, dos cabides de emprego e do uso da máquina pública para permanecer no poder e gerar a corrupção sistêmica.
“Ela gastou dinheiro sem autorização legislativa e fez movimentações bancárias sem respaldo legal. O governo havia sido desmoralizado e agora os que antes o integravam continuam trabalhando contra o Brasil. Mas o país não suporta mais esse tipo de gente”, apontou.
O 1º vice-líder do PSDB, deputado Daniel Coelho (PE), destacou o simbolismo da aprovação de uma meta fiscal realista. “Termina a época da contabilidade criativa que superestimava artificialmente receitas e escondia despesas. É o primeiro passo para o país sair da crise econômica”, ressaltou.
O deputado Carlos Sampaio (SP) destacou a ajuda do PSDB ao governo Temer para aprovar a nova meta fiscal. “Isso é, praticamente, o dobro do que o PT e a Dilma divulgavam ao país. Agora, sabendo a situação real que enfrentamos, vamos poder lutar para, ao lado deste novo governo, implantar as medidas necessárias para arrumar a casa e tirar o país desse caos deixado pelo desastroso governo petista”, avaliou.
Na avaliação do deputado Bruno Covas (SP), essa foi a primeira grande vitória do governo Temer e que contou com a ajuda do PSDB. O deputado alertou que a revisão da meta foi importante para mostrar para a população o tamanho do descontrole deixado pelo governo de Dilma Rousseff. “Assim, não teremos mais nenhum tipo de maquiagem e poderemos jogar limpo com a população. Todos nós queremos retomar o rumo da economia”, afirmou.
O deputado Paulo Abi Ackel (MG), por sua vez, afirma que a aprovação da nova meta foi um importante passo para a reorganização da economia. “O resultado é importante para recuperação e reorganização da nossa economia e mostra a força deste novo governo, contribuindo para um novo cenário no país”, disse.
Segundo o deputado Otavio Leite (RJ), o rombo tão grande no Orçamento ocorreu porque a presidente Dilma e sua equipe previram receitas que não vão acontecer e contraíram despesas além do que podiam gastar. “Por isso, era preciso fazer essa correção, para que o Brasil possa corrigir isso tudo e volte a ter um horizonte no futuro. Isso é indispensável para que haja um novo rumo”, explicou.
O deputado Caio Narcio (MG) também ressaltou que a aprovação da meta fiscal é uma tentativa de salvar o Brasil do buraco no qual o PT jogou o país e que, mesmo assim, petistas e aliados continuam trabalhando contra a nação, como fizeram ao tentar impedir a votação. “Mas o momento é de grandeza, de luta e de persistência. O buraco é enorme, o desafio é grande, mas estamos trabalhando para vencer isso juntos, pois o povo precisa de emprego e dignidade”, disse.
Para Mariana Carvalho (RO), o déficit recorde é a prova cabal de que o governo do PT foi afastado porque não respeitou o Orçamento e nem o povo brasileiro. “Estamos recolocando o Brasil nos seus trilhos. Vamos juntos reconstruir o país”, comemorou a deputada, após a votação, encerrada por volta das 4h.
O deputado Rodrigo de Castro (MG) afirmou que a revisão da meta foi um importante passo para que o país comece a se livrar da herança maldita que o governo do PT deixou para todos os brasileiros, pois mostra a situação real para todos.
Já Giuseppi Vecci (GO) acredita que a aprovação da nova meta fiscal faz parte de um processo para tentar salvar o Brasil da caótica situação que o PT deixou. “Tenho esperança que, com essas votações, possamos retomar o crescimento e o desenvolvimento do país, gerando empregos e uma nova expectativa de vida para as pessoas que hoje se encontram a margem do processo de desenvolvimento”.
O deputado Eduardo Cury (SP) reforçou que o déficit bilionário é o retrato do escândalo do governo do PT somente neste ano. “Primeira etapa cumprida. Com isso, o governo Temer pode começar a trabalhar sem que haja risco de paralisação da máquina pública e salários de servidores”.
Se a nova meta não fosse aprovada até a próxima segunda-feira, o governo federal teria de fazer um corte extra de R$ 137,8 bilhões, o que travaria a máquina pública e inviabilizaria a implementação dos projetos anunciados pelo presidente Temer para recuperar a economia, que era a pretensão dos petistas ao obstruir as votações.
(Reportagem: Djan Moreno/foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)
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