Luz no fim do túnel


Para deputados, escolha do ex-ministro Pedro Parente para comandar a Petrobras foi acertada

Deputados do PSDB receberam com entusiasmo a notícia de que Pedro Parente será o novo presidente da Petrobras. O ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso foi escolhido pelo presidente interino Michel Temer para comandar a maior empresa do país e recuperá-la após o estrago feito em mosaicosuas finanças pela má administração e a corrupção que marcaram a companhia durante os governos do PT.

Assim que foi anunciado como novo presidente da empresa, Pedro Parente adiantou que o modelo de indicação de diretores por partidos políticos, ponto de partida para o escândalo do petrolão, será extinto.

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“Experiente e muito respeitado pelo mercado, Parente tem a confiança necessária para fortalecer a estatal e já deu o tom – não haverá indicação política na Petrobras. Para lembrar: foi nomeando ‘cupinchas’ que o PT instalou a organização criminosa na estatal e que promoveu o maior escândalo de corrupção do planeta”, disse o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), por meio de sua página no Facebook.

Para o deputado Eduardo Cury (SP), a escolha do ex-ministro de Minas e Energia do governo tucano para reerguer a Petrobras foi mais do que acertada. “A nomeação de Pedro Parente para Petrobras é uma grande notícia. Ele é um colaborador do PSDB desde o governo Fernando Henrique e um dos quadros mais competentes do país. Isso acende uma luz no fim do túnel para o saneamento da Petrobras, depois da roubalheira e de todos os escândalos que o PT causou à nossa grande companhia nacional”, destacou.

O deputado paulista afirma que o compromisso firmado entre Parente e o presidente Temer de não haver indicação política para a empresa mostra que, finalmente, a Petrobras poderá voltar a ser orgulho para os brasileiros. A nova direção da companhia deverá seguir parâmetros profissionais.

“Ainda mais importante do que a nomeação de Pedro Parente é a determinação e a garantia que o presidente Temer deu a ele de que não haverá ingerência política na Petrobras. Isso permitirá a ele fazer uma limpeza em tudo aquilo de errado que o PT deixou e garante segurança para os investidores externos poderem acreditar de novo na empresa, assim como todos os brasileiros”, comemorou Cury.

Já o deputado Marcus Pestana (MG) exaltou o perfil técnico e a capacidade de coordenação de Pedro Parente, que terá pela frente o grande desafio de sanar os cofres da empresa, que no ano passado amargou o maior prejuízo de sua história. Atualmente, a Petrobras tem um dos maiores endividamentos corporativos do mundo, de R$ 450 bilhões.

Durante o governo de Dilma Rousseff, a empresa fez investimentos muito acima de sua geração de caixa, que não obtiveram retorno, pois foram alvo de corrupção. A política de preços de combustíveis sob a ingerência do governo petista obrigava a uma defasagem e gerou prejuízo de R$ 59,6 bilhões – endividamento contraído quando o dólar estava entre R$ 1,70 e R$ 2, como destaca reportagem de “O Globo”, nesta sexta-feira (20).

Em 2014 e 2015, a estatal fechou seus balanços com prejuízos de R$ 21,7 bilhões  e R$ 34,8 bilhões, respectivamente. A desvalorização foi inevitável na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). No fim de 2010, a companhia valia R$ 375,1 bilhões, mas o valor despencou para R$ 101,3 bilhões ao fim de 2015.

Na avaliação dos tucanos, os esforços para recuperação terão que ser grandes. Mas os deputados estão confiantes com a nova gestão. Em seu Twitter, Marcus Pestana lembrou que já conviveu com Pedro Parente e ressaltou a confiança no trabalho que deverá ser empreendido pelo novo presidente da petrolífera brasileira.  “Pedro Parente é muito competente e experiente. Grande coordenador de equipe e sempre orientado pelo interesse público”, escreveu na rede social. 

PERFIL
Pedro Parente foi ministro da Casa Civil e ministro interino de Minas e Energia no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Iniciou a carreira no serviço público no Banco do Brasil, em 1971, e, em 1973, se transferiu para o Banco Central.

Atuou ainda como consultor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de instituições públicas no País, inclusive da Assembleia Nacional Constituinte de 1988. No período de 2003 até 2009, foi vice-presidente executivo do Grupo RBS. Em 2010, tornou-se presidente e CEO da Bunge Brasil, cargo que ocupou até 2014.

Assista a entrevista coletiva:

(Reportagem: Djan Moreno/ Fotos: Alexssandro Loyola e Marcos Corrêa/PR)

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20 maio, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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