Colapso das contas
“O ‘Minha Casa, Minha Vida’ segue firme e vamos aperfeiçoá-lo”, assegura ministro da Cidades
O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PE), assegurou, nesta quinta-feira (19), que o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ seguirá “firme” em sua gestão, mas será aperfeiçoado, porque integra o conjunto de programas do governo da presidente afastada Dilma Rousseff, cujas despesas autorizadas pela petista não dispõem de recursos para supri-las.
“Estamos construindo um grande inventário no ministério. A situação mostra que há um colapso das contas públicas e foi autorizado um montante de despesas que a sociedade não consegue supri-la. No caso específico do ‘Minha Casa, Minha Vida’, são centenas de habitações e apenas 1% de recursos entregues diretamente às entidades que executam essas obras. Essa modalidade do programa teve 65 mil casas contratadas e só 7 mil entregues. Ou seja, é um programa que entrega pouco mais de 10% da contratação”, esclareceu.
O ministro revogou a autorização de Dilma para contratação de até 11.250 unidades do ‘Minha Casa, Minha Vida’. Segundo ele, trata-se de uma medida cautelar para analisar os recursos que estão efetivamente disponíveis, de forma a garantir um “programa extremamente realista”.
“No último dia do governo, Dilma mudou todas as regras de acesso (ao programa). Achamos por bem sentar novamente à mesa com as entidades para analisar. Para o número de autorizações feitas, no apagar das luzes, a quantidade de recursos disponíveis é 5 vezes menor do que os prometidos às entidades. O que seguramente a população espera, nesse momento, é que haja transparência e franqueza na relação dos recursos disponíveis e obras executadas. O ‘Minha Casa, Minha Vida’ segue firme e vamos aperfeiçoá-lo”, garantiu.
Bruno Araújo previu que a descrição detalhada que está sendo feita da herança Dilma no ministério das Cidades, seguramente, mostrará “que o governo, ao longo do tempo, lançou obras nas previsões orçamentária e financeira sem dispor de recursos efetivos.
“Para atender o princípio da responsabilidade da administração, o governo só lança uma obra quando tem o dinheiro devidamente separado para que a obra tenha começo, meio e fim e não comprometa o preço final. O que a gente mais tem, nesse 4º dia útil de ministério, é muita promessa feita, muito contrato assinado, muito convênio em execução e praticamente dinheiro nenhum disponível para as ações. Há um colapso das contas públicas e o Brasil terá que apostar num acerto de medidas econômicas que permitam que a economia volte a crescer”.
(Assessoria do PSDB-PE/ Foto: Ministério das Cidades)
Deixe uma resposta