Herança maldita
Economia em fragalhos é triste exemplo do legado desastroso deixado por Dilma e PT
O legado desastroso que Dilma deixa para o Brasil, sobretudo no segundo mandato, entrará para história nacional. O afastamento da presidente significa o rompimento de uma escalada de erros que deixam uma triste mancha na vida dos brasileiros. Deputados do PSDB alertam que será árduo o caminho a ser percorrido para estancar as mazelas deixadas por uma governante amplamente reprovada pela população.
Como apontam os parlamentares, nem mesmo as bandeiras históricas do PT e os projetos considerados vitrines para o governo conseguiram impedir o desastre que afeta praticamente todas as áreas. Com a gestão petista reprovada por ampla maioria da população, Dilma levou o Brasil para o buraco: destruiu a economia e promoveu o maior estelionato eleitoral já conhecido no país. Além disso, a maior estatal do país foi pilhada no escândalo que ficou conhecido como “petrolão”.
TERRA ARRASADA
Como lembra o deputado Domingos Sávio (MG), Dilma, Lula e o PT quebraram a economia brasileira. O PIB despencou, fechando 2015 com queda de 3,8%. E segundo projeção do Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, fechará 2016 com nova baixa de 3,9%. Ao mesmo tempo, os petistas levaram a um crescimento gritante da relação Dívida Pública/PIB: 66,52%.
“O legado do PT é uma tragédia não só do ponto de vista econômico, mas também pelo tempo que o Brasil perdeu com esses enganadores que se apossaram do poder para se autopromoverem, mentindo para os brasileiros”, aponta o deputado. Os erros de Dilma minaram a credibilidade nacional e afugentaram investidores, prejudicando profundamente o desenvolvimento do país.
A deputada Shéridan (RR) destaca que a mais perversa consequência imediata do desastre dos governos petistas é o desemprego. A parlamentar aponta que nem mesmo a área social, que o PT sempre disse considerar uma prioridade, escapou das trapalhadas inconsequentes de Dilma, Lula e toda sua turma. Os efeitos da economia devastada levaram o Brasil ao absurdo número de 11 milhões de trabalhadores desempregados e a volta de 7,6 milhões de brasileiros à pobreza, ao mesmo tempo em que a inflação passa dos dois dígitos.
Para a deputada, os governos petistas usaram a política e a máquina pública de forma abusiva e desprovida de responsabilidade, levando o país a uma crise exponencial, sobretudo na questão dos empregos. “Isso afeta diretamente a dignidade das famílias. A perspectiva de dias melhores pode ser resgatada agora se consideramos que o novo governo apresente novas medidas em sentido diferente. Mas, o legado que ela deixa é completamente infeliz”, aponta Sheridan.
CAMPANHA ENGANADORA
A tucana aponta que o PT recorreu à maquiagem dos números na economia, na área social e onde mais fosse possível. As campanhas eleitorais foram tomadas por esse artificio baixo, que buscava ludibriar os brasileiros enquanto os cofres públicos eram dilapidados. “Sabemos bem que o impeachment aconteceu pelos fatos jurídicos apontados, mas, seu respaldo social, o apoio da população, veio da indignação com o todo, o conjunto da obra de tudo aquilo que eles deixaram de priorizar”, apontou.
Nesse cenário, onde o desemprego e a inflação se tornaram símbolos do governo e passaram a afetar duramente a classe trabalhadora, as famílias sentiram na pele as consequências de tão grande desgoverno. O número de brasileiros inadimplentes hoje ultrapassa a casa dos 60 milhões, dos quais 27% estão com salários atrasados e outros 17% não estão conseguindo pagar nem mesmo suas contas de água e luz.
A indústria brasileira terá a menor participação no PIB desde 1940. E o rombo das contas públicas deverá superar os R$ 100 bilhões este ano. A palavra Petrobras, que antes representava uma empresa considerada orgulho nacional, agora lembra corrupção. A estatal perdeu 85% de seu valor de mercado e é hoje a empresa mais endividada do mundo. O setor elétrico amarga um rombo de R$ 14,2 bilhões que, certamente, será arcado pelo consumidor. Até mesmo o programa de habitação popular Minha Casa Minha Vida, do qual Dilma tanto já se gabou, teve seus investimentos reduzidos em 74%.
PÁTRIA DESEDUCADORA
O deputado Lobbe Neto (SP) chama atenção para outra área que demonstra o total descompasso entre o discurso e a praticamente do governo petista. O governo deposto pela via constitucional havia adotado o lema “Pátria Educadora”, mas ambos, governo e lema, naufragaram juntos. O Orçamento da Educação sofreu corte de R$ 12 bilhões no ano, passando de R$ 40 bilhões para R$ 28 bilhões. Os programas do setor não escaparam: o “Ciências sem Fronteiras” sofreu cortes de 63%, o Pronatec teve redução no número de matrículas em 2015, e cerca de 88% dos recursos para a construção de creches públicas acabaram suspensos.
Lobbe afirma que por não priorizar a educação, o governo do PT prejudicou o futuro de toda uma geração. “Milhares de jovens viveram a frustração de terem sido enganados. O governo do PT teve alguns avanços, mas a maioria dos programas teve uma grande divulgação, muito além da realidade, nos anos eleitorais. Os investimentos cresciam na época das campanhas, mas formavam-se engodos. Após as campanhas, era preciso recuar e, por isso, chegou-se a situação em que estão”, declarou.
Os tucanos apontam que, caso confirmado o impeachment da presidente Dilma, será preciso serenidade e a união de forças em torno de uma reconstrução nacional, que precisa estar pautada no rompimento de um modelo de governo corrupto e que nunca se preocupou de verdade com os brasileiros.
(Reportagem: Djan Moreno)
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