Decisão esdrúxula

Lideranças defendem que Senado dê andamento ao processo 

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e o líder do partido, Cássio Cunha Lima (PB), criticaram a decisão do presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a votação do impeachment no plenário da Casa. Para os senadores tucanos, não cabe mais à Câmara tratar de matéria que hoje é de competência do Senado.

“Trata-se de matéria preclusa na Câmara. Cabe agora ao Senado Federal dar andamento ao processo que ali já se encontra, mantendo a votação marcada para a próxima quarta-feira. O Brasil tem que superar o mais urgentemente possível esse clima de instabilidade e, para isso, é fundamental que o Senado exerça suas prerrogativas e cumpra suas responsabilidades”, disse Aécio Neves, em nota. O senador disse confiar que essa será a decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Mesa Diretora do Senado.

Para Cássio Cunha Lima, a decisão Waldir Maranhão “é absolutamente esdrúxula e invade a competência do Senado”. “O Senado Federal deve dar sequência ao julgamento, como já estava previsto dentro da sua competência e atribuição constitucional. A verdade é que essa ação nada mais é do que uma chicana, mais uma medida protelatória, mais uma obstrução que os aliados do governo e do próprio Eduardo Cunha praticam para tentar evitar o julgamento, cujo resultado já é reconhecido pelos crimes de responsabilidade que foram praticados pela presidente da República”, afirmou, também em nota.

(Da Redação/ fotos: George Gianni e Marcos Oliveira – Agência Senado)