Tchau, querida!


Dilma mostra mais uma vez não estar à altura do cargo que ainda ocupa, avalia ITV

logo-itvA Carta de Formulação e Mobilização Política desta segunda-feira (2) faz duras críticas ao teor do pronunciamento feito pela presidente Dilma em alusão ao Dia do Trabalho, comemorado no último domingo. “No apagar das luzes de sua gestão, Dilma mais parecia uma animadora de porta de fábrica. Suas palavras e iniciativas não condizem com as de alguém que preside uma nação como o Brasil”, condena o documento editado pelo Instituto Teotonio Vilela. Confira a íntegra:

Dilma Rousseff desceu ontem mais alguns degraus rumo à insignificância que a história lhe reserva. A presidente da República teria feito melhor se, ao invés de discursar, tivesse descido do palanque e ido distribuir panfletos no Vale do Anhangabaú. Casaria melhor com o teor do pronunciamento que fez por ocasião do Dia do Trabalho.

No apagar das luzes de sua gestão, Dilma mais parecia uma animadora de porta de fábrica. Suas palavras e iniciativas não condizem com as de alguém que preside uma nação como o Brasil. A petista, mais uma vez, demonstrou não estar à altura do cargo que ocupa, cobrindo ainda mais de razão o processo que, em mais dez dias, deve resultar no seu afastamento da presidência da República.

Dilma usou e abusou da estratégia do terror que tanto explorou na campanha de 2014. De novo, a velha ladainha: “eles” – ou seja, todos os que não comungam com o PT – irão acabar com tudo o que existe no país, maltratar os pobres, vender o patrimônio que estiver pela frente e instalar o governo dos poderosos contra os fracos e oprimidos.

Parece caricatura ou roteiro de tragédia maniqueísta barata, mas foi este o teor da fala da presidente da República por ocasião das comemorações do Dia do Trabalho patrocinadas pela CUT, pelo MST, pela UNE e demais satélites do PT, ontem em São Paulo. Dilma vai, aos poucos, reduzindo-se à pequenez a que faz jus.

Não satisfeita, a (ainda) presidente culpou a oposição pelas mazelas que são de inteira lavra dela, Dilma, e de seu partido, o PT. Os que estão fora do governo há 14 anos seriam os responsáveis por levar o Brasil à sua maior crise econômica, por desempregar mais de 11 milhões de pessoas e por transformar as contas do país numa geleia que não para em pé. Curiosa prestidigitação esta.

A quase ex-presidente também reservou para este 1° de Maio medidas que estavam engavetadas há meses, por serem fiscalmente inviáveis num país que caminha para o terceiro ano de déficit nas suas finanças públicas, ou seja, a quase insolvência. A conta – algo em torno de R$ 7 bilhões entre reajustes da tabela do imposto de renda e do Bolsa Família – ficará para o sucessor quitar; Dilma se lixa.

Nem a plateia que Dilma supostamente queria cativar com seu figurino de panfleteira caiu na conversa dela. Antes de a petista discursar, sindicalistas afirmaram que a presidente “só fez gol contra”. Pelo jeito, ela não engana mais ninguém.

O melhor que Dilma Rousseff poderia fazer nos dias derradeiros de seu governo é tratar com respeito os brasileiros e evitar que o descalabro que ela patrocinou se aprofunde. Parece ser querer demais de alguém que jamais comprovou ter os atributos necessários para chegar aonde chegou. Agora é hora de voltar para a irrelevância de onde, para o bem do Brasil, ela nunca deveria ter saído.

(Fonte: ITV)

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2 maio, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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