Pedaladas


Em entrevista ao jornal “El País”, Imbassahy reforça legalidade do processo de impeachment

24974590791_50044c89b4_zEm entrevista ao jornal “El País”, o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), reforçou os argumentos pela legalidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma. Segundo o tucano, a denúncia é fundamentada por questões de natureza jurídica e legal. O uso de recursos públicos sem autorização do Congresso é crime, completou.

Imbassahy alega que Dilma, ao assinar os decretos de suplementação, feriu a Constituição, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei 1.079, de 1950. O resultado foi a destruição da economia nacional. “Ao descumprir o crime de responsabilidade, a consequência na economia foi imediata. Ela desequilibrou toda a economia brasileira a título de se beneficiar no processo eleitoral em 2014. Temos uma economia em um estado muito crítico”, disse.

O líder lembrou episódio de 2013, quando Dilma afirmou que faria “o diabo” na campanha eleitoral para ganhar o pleito. Ela cumpriu a promessa e ainda insistiu nas pedaladas fiscais em 2015, primeiro ano do segundo mandato. Representação do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) confirmou que a prática de atrasar repasses a bancos públicos continuou sendo adotada pelo Executivo em 2015.

Em relação ao esquema do petrolão, desbaratado pela operação Lava Jato, Imbassahy avalia que Dilma sabia das irregularidades. Como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, a petista tinha acesso a todas as informações. O líder defendeu a continuidade das investigações tanto para agentes públicos quanto grandes empresários.

“É preciso passar isso a limpo, aproveitar da Lava Jato para penalizar quem tem de ser penalizado do ponto de vista pessoal, do ponto de vista das empresas, seja com perda de mandatos onde for. E tem de prosseguir essa operação que tem praticamente a unanimidade da população”, explicou.

O líder adiantou que o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), vai ouvir governadores, deputados e senadores sobre um eventual governo de Michel Temer. Por enquanto, Imbassahy afirma que não há posição definida. “Nós queremos o bem do Brasil, mas não vamos tomar uma decisão sem conhecer todos os mecanismos”, completou.

(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)

Compartilhe:
29 abril, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *