Crise social

Para Lippi, aumento da desigualdade em todo o país é mais um desastre do governo Dilma

Não bastasse a crise política, social e econômica que assola os brasileiros, a pior recessão que o país enfrenta desde 1930 levou a desigualdade de renda a registrar alta no final de 2015. Cálculos do banco Bradesco mostram que a desigualdade cresceu em 12 das 27 unidades da Federação no quarto trimestre do ano passado, em comparação ao ano anterior. O índice de Gini, que mede a distribuição de renda, passou de 0,498 para 0,499. Quanto mais distante do zero, menos igualitária é a renda entre os brasileiros.

Segundo reportagem desta segunda-feira (25) da “Folha de S.Paulo”, a situação é ainda pior em São Paulo, estado mais rico do Brasil. No período analisado, a desigualdade no Estado passou de 0,493 para 0,507, graças também ao aumento do desemprego. A situação de São Paulo reflete o futuro da economia brasileira, já que o que acontece no Estado tende a se replicar no resto do país.

Para o deputado Vitor Lippi (SP), o aumento de um índice que vinha retrocedendo por anos reflete o “desastre” que o governo Dilma Rousseff representou para a economia brasileira.

“O governo Dilma foi um desastre para o Brasil. Estamos agora com as maiores taxas de desemprego, mais de 10 milhões de desempregados, temos mais de 60 milhões de brasileiros que não conseguem pagar as suas contas, estão inadimplentes, e uma inflação alta que empobreceu os brasileiros. Além disso, tivemos esse desequilíbrio das contas públicas, pelo total desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal, agravado com as pedaladas fiscais, que acabaram por quebrar o governo federal, os Estados e os municípios brasileiros”, afirmou.

O parlamentar destacou que a crise, que fez com que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caísse 3,8% em 2015, tendendo a registrar uma nova e forte queda neste ano, obrigou Estados e municípios a reduzirem ações e programas, prejudicando os brasileiros beneficiados pelas políticas públicas.

“Em função dessa gravíssima crise econômica, temos também as consequências sociais, do desemprego, do empobrecimento da população e do aumento da desigualdade. Todas essas situações foram causadas pelas ações e pelas decisões da Presidência da República, que, portanto, tem a responsabilidade direta por todas essas consequências pelas quais o Brasil e os brasileiros passam. É por isso que entendemos que o impeachment, sem sombra de dúvida, é a única alternativa para que nós possamos iniciar um processo de recuperação do país”, disse.

O tucano ressaltou também que o Brasil só voltará a crescer e se desenvolver, como hoje fazem os países vizinhos da América Latina, quando tiver um governo sério, disposto a bancar as reformas necessárias para reformular a política econômica e fiscal.

“Hoje, além da crise, moral, econômica e social, nós temos uma total falta de credibilidade do governo. Não há como, não há a menor sustentabilidade para esse governo continuar. Nós precisamos de mudança. É a única alternativa para a retomada do desenvolvimento e do crescimento do país”, completou Lippi.

(Da assessoria do PSDB/ Foto: Alexssandro Loyola)