Rito foi seguido

Rocha não acredita que Supremo acate qualquer ação questionando o impeachment de Dilma

Confirmada a derrota na Câmara, o governo já pensa em apelar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar o mérito do pedido de impeachment de Dilma Rousseff. Assessores da presidente entendem que o resultado da votação desse domingo, favorável a continuidade do processo de impedimento, foi político, e não técnico. O deputado Rocha (AC) reforça que todas as etapas do procedimento foram cumpridas conforme as orientações do STF, e acredita que a Corte não vai interferir no restante do processo.

“Eu não acredito que o Supremo vá atuar de forma indevida, interferindo em ações que são próprias do Legislativo. Juridicamente, nós cumprimos todas as etapas que tínhamos que cumprir. Agora vamos esperar que o Senado faça o mesmo”, destacou Rocha.

Outra alternativa discutida pelo diretório do PT seria enviar ao Congresso uma proposta de redução do mandato de Dilma e de convocação de eleições presidenciais ainda neste ano, junto com as municipais. A proposta é que a presidente abra mão dos dois anos de mandato mesmo que seja inocentada dos crimes de responsabilidade pelo Senado. No mesmo projeto, ela determinaria que seu sucessor teria mandato de seis anos, sem reeleição. Para Rocha, é perigoso confiar nas propostas do partido. “O PT enganou 54 milhões de eleitores. É muito difícil acreditar em qualquer coisa vinda do partido”, acrescentou o parlamentar.

O tucano critica ainda a insistência do governo no discurso do golpe para tentar desviar o foco dos crimes cometidos. Para o parlamentar, as pedaladas fiscais e o desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal foram confirmadas pelos órgãos competentes.

(Da Agência PSDB/foto: Alexssandro Loyola)