Herança maldita


Para tucanos, desastre na economia é um dos legados mais perversos do governo Dilma

Deputados do PSDB analisam como trágico o legado econômico que a petista construiu durante os quase cinco anos e meio em que vem ocupando a cadeira mais importante da República. Para os tucanos, a herança que a PicMonkey Collagepresidente deixa é de um país devastado pela recessão, inflação, desemprego, inadimplência e uma dívida bruta gigantesca. Será preciso muito esforço para tirar os brasileiros da atual situação, avaliam os parlamentares.

Os números mostram com clareza a situação. Nesta semana, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nova projeção para a economia brasileira e apontou que o país terá uma nova retração de 3,8% este ano, repetindo o resultado negativo de 2015. Já a taxa de desemprego pode atingir 10,2% da força de trabalho em 2017. Segundo o Serasa Experian, no mês passado, o número de brasileiros com pelo menos uma conta em atraso bateu recorde. Além disso, com Dilma, a inflação deu um salto, a dívida bruta subiu 16 pontos percentuais do PIB, o superávit primário virou déficit e o déficit nominal escalou.

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O deputado Bruno Covas (SP) acredita que o próximo governo terá o desafio de fazer um planejamento de longo prazo, recuperar a credibilidade do país e investir em infraestrutura. “Mas acima de tudo vai ter que mudar essa política pública vinculada a finalidades partidárias. Hoje os interesses do PT, de seus apaniguados e partidos satélites, estão atolando a política econômica. É preciso pensar no que é bom para o país, e não para o partido, seja ele qual for”, apontou.

A falta de emprego, na avaliação do tucano, é uma das faces mais cruéis dessa crise. Ele explica que, como parte do legado desastroso de Dilma, está a dificuldade no acesso ao seguro desemprego em uma época em que as pessoas estão sendo demitidas a toda hora. Conforme lembra, no ano passado, o PT e os partidos da base conseguiram aprovar proposta do governo que restringiu o acesso ao benefício. Em 2014, Dilma deu mais uma de suas pedaladas para pagar o seguro, já que o governo não tinha mais dinheiro devido à gastança sem fim.

O deputado Vanderlei Macris (SP) afirma que um dos sinais claros do caos provocado pela gestão Dilma Rousseff é a dificuldade, cada vez maior, que as pessoas têm para pagar suas dívidas. O número de inadimplentes saltou de 58 milhões em dezembro para 60 milhões, no fim de março, segundo o levantamento do Serasa Experian. Ou seja, mais de 40% dos brasileiros estão com dívidas atrasadas.

“A economia se mostra paralisada diante de tamanha crise, resultado de um governo incompetente que deu um péssimo exemplo para o mundo. Todos sofrem as consequências dessa crise causada pelo grupo que está no poder”, apontou Macris. O tucano lamentou que o Brasil seja hoje, como mostra o FMI, um dos responsáveis por puxar o crescimento mundial para baixo. Segundo o órgão, o país terá o segundo pior desempenho econômico em 2016, atrás apenas da Venezuela.

Para o deputado Luiz Carlos Hauly (PR), é no mínimo vergonhoso que um país como o Brasil tenha um volume tão grande de pessoas endividadas justamente por causa das ações equivocadas de seu governo. “Como puderam deixar chegar ao ponto de 60 milhões de brasileiros nessa situação? Que vergonha para o Brasil causa esse ‘Partido dos Trabalhadores de araque’. É um governo dos ricos, dos banqueiros. Isso é uma vergonha. Esse governo já deveria ter acabado por ser inimigo dos pobres, dos trabalhadores”, criticou, da tribuna da Câmara.

A ruína da economia brasileira inclui um salto na inflação durante a gestão DIilma, uma elevação da dívida pública em 16 pontos percentuais do PIB, o superávit primário, que acabou se tornando déficit, e anos seguidos de PIB em queda livre. Como se não bastasse, os tucanos afirmam que esse quadro completamente desfavorável levou o país a perder o grau de investimento por todas as agências internacionais, afastando de vez os investimentos. 

(Reportagem: Djan Moreno/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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13 abril, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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