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Enquanto aumentam adesões ao impeachment de Dilma, Planalto amarga baixas na base aliada 

placarUm dia após a vitória na comissão especial, líderes da oposição se reuniram para uma revisão dos votos no processo de impeachment contra Dilma. Os parlamentares contabilizaram, ainda pela manhã, 340 votos dos 342 necessários para afastamento da presidente Dilma. Além disso, o dia foi marcado por derrotas do Planalto, que amargou o efeito de anúncios feitos pelo Partido Progressista e pelo Partido Republicano Brasileiro de apoio ao afastamento. Somadas, essas duas legendas têm 69 integrantes na Câmara. As baixas ocorrem na iminência da votação do impeachment, que ocorrerá neste fim de semana.

MOBILIZAÇÃO TOTAL

De acordo com o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), apesar desses números favoráveis,  a sociedade precisa estar mobilizada até o último minuto. Um dos coordenadores do Comitê Pró-Impeachment, o deputado Carlos Sampaio (SP) disse que a oposição vai buscar mais votos pela saída da petista. “Estamos próximos de uma vitória importante, não pode ser contra a presidente Dilma, mas em defesa do país. Vamos continuar a luta até a votação no próximo domingo”, destacou. Segundo o levantamento, existem 46 parlamentares indecisos e 127 contrários.

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Shéridan (RR) exibe o cartão do "novo" programa do governo federal: o "Bolsa Deputado", lançado emergencialmente pelo Planalto para tentar barrar o impeachment.

Shéridan (RR) exibe o cartão do “novo” programa do governo federal: o “Bolsa Deputado”, lançado emergencialmente pelo Planalto para tentar barrar o impeachment.

Da tribuna, à noite, o deputado Miguel Haddad (SP), resumiu: um governo que não tem um terço dos deputados não se sustenta.Para tentar garantir o apoio de 171 parlamentares na Câmara e evitar o afastamento, o Planalto está promovendo um verdadeiro balcão de negócios. “Domingo teremos uma quantidade expressiva de votos favoráveis ao impeachment”, previu. Segundo ele, independentemente do quantitativo pela destituição da presidente, o mais importante é que o Brasil consiga virar a atual página e retomar o desenvolvimento. 

As baixas ocorreram em legendas nas quais o Planalto apostava na tentativa de barrar o impeachment. Além do PRB e PP, relatos de parlamentares do PR feitos em Plenário e na imprensa apontam que muitos integrantes votarão pelo impeachment, apesar de a legenda ter se colocado contra o afastamento. 

O anúncio da decisão da bancada do Partido Progressista foi feito no início da noite. Por esmagadora maioria, a agremiação decidiu votar a favor da continuidade do processo de impeachment  e orientará pela instauração do processo em Plenário. Além disso, a agremiação vai desembarcar da Esplanada, entregando o Ministério da Integração Nacional. 

Deputados do PSDB na comissão do impeachment, que aprovou o relatório na segunda-feira; otimismo com a aprovação do afastamento de Dilma no próximo domingo.

Deputados do PSDB na comissão do impeachment, que na última segunda-feira aprovou o relatório pelo andamento do processo;  clima é de otimismo com a aprovação do afastamento de Dilma no próximo domingo.

Já o PRB decidiu por unanimidade nesta tarde, em reunião entre o presidente nacional do partido, Marcos Pereira, e a bancada republicana no Congresso Nacional, por manter a posição pelo fim imediato do governo do PT.

A legenda soltou um duro comunicado, com várias críticas à gestão petista. “As denúncias de crime de responsabilidade atribuído à presidente foram minuciosamente examinadas pelos parlamentares do PRB, que se convenceram dos indícios reais de irregularidades e prejuízos concretos ao Brasil. Soma-se a isso as sucessivas denúncias de corrupção, o desarranjo da economia, o aumento do desemprego e da inflação e a notória ausência de liderança do governo”, diz trecho do texto.

O partido também detona o “toma lá dá cá” patrocinado pelo Planalto para tentar se manter no poder a qualquer custo. “A mera distribuição fisiológica de espaços no governo sem a integração dos partidos em um projeto de recuperação do país é fadada ao fracasso. O balcão de negócios instalado com instrumentos de Estado do qual o PRB se recusou a participar, especialmente após a saída da base do governo ao deixar o Ministério do Esporte, é o tipo de prática que precisa acabar no Brasil”, critica a legenda, para a qual Dilma e o PT não tem condições políticas de tirar o Brasil do atoleiro.

Diante da debandada, petistas e os poucos aliados foram à tribuna para repetir a cantilena do golpe e atacar os defensores do impeachment. De imediato, o deputado Caio Narcio (MG) disse que o desespero bateu. “Estão vendo a derrota cada dia mais real. A tristeza, não só do PT, mas também de seus ‘puxadinhos’, é fruto da debandada de partidos que, com clareza, começam a acompanhar a vontade majoritária do Brasil contra este governo corrupto e que traiu as suas bandeiras”, discursou.

(Da redação/ Áudio: Hélio Ricardo)

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12 abril, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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