Impeachment, já!
Macris: “o pior que pode acontecer para o país é Dilma continuar no Palácio do Planalto”
Durante pronunciamento na sessão de discussão do parecer apresentado pelo relator da comissão do impeachment, o deputado Vanderlei Macris (SP) apontou a incoerência da defesa raivosa feita por parlamentares governistas a presidente Dilma Rousseff. O tucano disse não restar dúvidas de que as pedaladas fiscais se caracterizam como crime de responsabilidade, assim como os decretos assinados pela mandatária sem autorização do Congresso Nacional.
De acordo com Macris, a assinatura dos decretos que permitiram o governo tomar “empréstimos” de bancos públicos sem o crivo do Parlamento feriram a Lei Orçamentária e usurparam os atributos do Congresso.
Para o tucano, os deputados petistas usam seus pronunciamentos na comissão para fazer acusações sem fundamento contra a oposição e os governos estaduais. “Falam do governo de São Paulo, mas o Estado de São Paulo não tem banco público para sustentar as malandragens orçamentarias como as que foram feitas pelo governo do PT”, rechaçou.
Defendendo o relatório apresentado pelo deputado Jovair Arantes (PTB-GO), Macris disse que as críticas dos governistas são infundadas. Segundo defendeu, a questão principal sobre os créditos suplementares fruto dos decretos editados por Dilma é que eles estavam fora da meta estabelecida pela Lei Orçamentária. “A presidente sabia que não estava dentro da meta e continuou editando esses decretos. Aí está o crime”, garantiu, ao citar o artigo 85 da Constituição Federal, que trata dos crimes de responsabilidade praticados pelo presidente da República.
O “vale tudo” de Dilma e do PT para se manterem no poder a todo custo foi duramente criticado por Macris. O parlamentar afirmou que a presidente tenta comprar apoio político para não cair, mesmo sabendo que o povo não confia mais nela. “O interesse dela neste momento não é governar, como não foi nos últimos meses, nos últimos anos”, criticou. Segundo ele, a situação do país é caótica, mas o pior que pode acontecer se Dilma continuar no Palácio do Planalto.
O tucano afirmou ainda que Dilma possui a maior rejeição da história para um presidente da República e parte dessa rejeição, segundo ele, se deve a uma eleição ganha com base em uma campanha de ficção.
Para Macris, todos os elementos para a aprovação do impeachment estão colocados. Há base jurídica, houve crime de responsabilidade e existe um enorme apoio popular, pois a população brasileira em sua quase totalidade quer a saída de Dilma. “O afastamento dela é um imperativo ético”, apontou o deputado, ao reforçar a necessidade de o Congresso dar uma resposta à sociedade, que almeja o fim da impunidade.
(Reportagem: Djan Moreno/ foto: Alexssandro Loyola)
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