Não existe golpe


Oposição convoca imprensa internacional e esclarece legalidade do processo de impeachment

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Coletiva ocorreu na manhã desta terça-feira na Liderança do PSDB no Senado.

Presidentes dos partidos de Oposição concederam entrevista coletiva a correspondentes internacionais nesta terça-feira (29). O líder da Oposição na Câmara, deputado Miguel Haddad (SP), acompanhou a coletiva e destacou a necessidade de esclarecer à imprensa estrangeira que não existe golpe em curso no Brasil, como tentam pregar Lula e Dilma.

“Esse convite à mídia internacional feito pelos presidentes de diversos partidos é essencial para esclarecer a condução do processo de impeachment, que é constitucional, que vem sendo fiscalizado pelo Supremo Tribunal Federal e que passará pela apreciação das duas casas legislativas, Câmara e Senado”, destacou Haddad.

Nos últimos dias, Dilma e o ex-presidente Lula também convocaram entrevistas coletivas com jornalistas de outros países. Os petistas declararam à imprensa estrangeira que há um golpe em curso no país, com o intuito de destituir o governo.

Haddad afirma que os petistas tentam dar à realidade uma conotação que não existe. “É importante que o mundo conheça a verdade dos fatos”, destaca Haddad. Como lembra o líder oposicionista, o pedido de impeachment em trâmite no Congresso Nacional reúne o mérito necessário, ou seja, aponta crimes cometidos pela presidente da República, além de ser um instrumento previsto pela Constituição e de vontade popular.

“O pedido reúne todas as condições, pois aponta, por exemplo, as pedaladas fiscais. É um processo que será apreciado pelos plenários e que segue o rito definido pela Suprema Corte, acatado prontamente pela Câmara”, reforçou Haddad. Segundo o tucano, o pedido de impedimento tem respaldo ainda da população brasileira que tem ido às ruas clamar pela saída de Dilma Rousseff do governo. Trata-se, de acordo com ele, de uma iniciativa popular prevista pela Constituição e tendo em vista o equilíbrio  da democracia e o fortalecimento da República.

O processo de impeachment que tramita no Congresso leva em consideração as pedaladas fiscais cometidas em 2014 e 2015.  O senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, ressaltou que a entrevista objetivou mostrar à imprensa de outras nações que no Brasil se respeita a Constituição. Além do PSDB, participaram do encontro parlamentares do PPS, PSC, DEM e PSB.

O deputado Paulo Abi-Ackel (MG), que também acompanhou a coletiva, disse que a tarefa de desmistificar o que o governo chama de golpe é fácil. Em sua avaliação, os jornalistas de outras nações que atuam no Brasil têm acompanhado os desdobramentos da crise e sabem os motivos que levaram a presidente a sofrer um pedido de impeachment.

“Eles já têm uma boa base de informação e sabem que essa história de golpe é balela porque não há mais nenhum argumento para defender o governo”, apontou Abi-Ackel. O deputado lembrou que ministros do Supremo têm feito declarações públicas ressaltando a legalidade do processo. Ex-magistrados da alta corte também já se pronunciaram destacando que o processo de impedimento segue um preceito constitucional.

“O Brasil não está prestes a sofrer um golpe, ao contrário do que lideranças do PT e do governo e a própria presidente da República têm dito ao mundo. Na verdade, se há algo sólido hoje no Brasil são as nossas instituições democráticas. O Brasil vive um momento sim de inquietação política, mas com as nossas instituições funcionando na sua plenitude. O processo de impeachment instalado na Câmara dos Deputados segue estritamente o que determina a Constituição federal do país”, afirmou o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)

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29 março, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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