Povo nas ruas

Brasileiros protestam após divulgação de conversas de Dilma e Lula e anúncio para ministério

Após nomear o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o novo ministro da Casa Civil, para que o petista tivesse direito a foro privilegiado, livrando-se da investigação conduzida pelo juiz federal Sergio Moro, a presidente Dilma virou o alvo dos protestos de milhares de brasileiros que ocuparam as ruas do país desde ontem (16/03).

Segundo estimativas da Polícia Militar, 10 mil pessoas se reuniram em Brasília, em frente ao Palácio do Planalto, com bandeiras, faixas e cartazes, pedindo a renúncia da presidente Dilma e a prisão do ex-presidente Lula, investigado na Operação Lava Jato, na noite desta quarta. Em São Paulo, na Avenida Paulista, foram 5 mil pessoas. Os protestos também foram registrados em pelo menos 16 capitais do país. As informações são de reportagem publicada nesta quinta-feira (17) pelo jornal Folha de S. Paulo.

A divulgação de gravações telefônicas, autorizadas pela Justiça, que mostram a presidente Dilma Rousseff agindo para tentar evitar a prisão de Lula (LEIA AQUI) também serviram como estopim para as manifestações em todo o país. Além de Brasília e São Paulo, moradores do Rio de Janeiro, Vitória, Goiânia, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Salvador, Curitiba, Porto Alegre, Manaus, Florianópolis, Maceió, Cuiabá e Campo Grande saíram às ruas para protestar.

Na maioria das cidades também houve panelaços e buzinaços, que se repetiram na manhã desta quinta-feira, durante a cerimônia de posse de Lula. Os manifestantes continuam mobilizados, e seguem protestando em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, e na Avenida Paulista, em São Paulo.

Em frente ao Planalto, simpatizantes de Dilma e Lula tentam impedir que manifestantes contrários ao governo federal se aproximem do local, onde ocorreu a posse do ex-presidente como chefe da Casa Civil. Na Avenida Paulista, os manifestantes fazem vigília, sem deixar a principal avenida da capital de SP. A expectativa é que os protestos aumentem no final do dia, após o expediente de trabalho de milhares de brasileiros contrários ao governo Dilma.

(Da Agência PSDB/ foto: Wilson Dias/ABr)