Matérias requentadas


Deputados apontam desespero de petistas em ataques sucessivos ao presidente do PSDB 

PicMonkey CollageDeputados do PSDB rechaçaram a investida de parlamentares petistas contra o senador Aécio Neves (MG) no intuito de denegrir a imagem do presidente nacional do partido. Os tucanos destacaram que Aécio prestou todos os esclarecimentos necessários sobre as citações a ele feitas pelo ex-líder do governo senador Delcídio do Amaral (MS) em delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.

De acordo com os parlamentares, a insistência dos governistas revela o desespero de quem não tem como se defender. Estamos num momento crítico da história, com muitos corruptos sendo presos, condenados. Há, porém, uma tentativa de colocar todos na vala comum. Nessa semana vem à tona mais uma tentativa de envolver o senador Aécio Neves em escândalos. Diferente dos membros do governo, o senador explicou tudo, veio a público, concedeu entrevista e emitiu nota rebatendo cada citação. Trata-se de notícias requentadas”, explicou o deputado Caio Narcio (MG).

O deputado acredita que os aliados de Lula e Dilma tentam usar essas citações, já explicadas pelo senador, para tentar desviar o foco das investigações. “Não dá para confundir isso com o que o PT tem feito aqui, num momento em que a presidente está acuada, assim como o seu antecessor. Querem fazer crer que todos são iguais a eles, mas não são. O senador tem sido atacado em sua honra, mas sempre tem se explicado, como fez ontem, esclarecendo tudo”, disse.

Tanto em entrevistas quanto em nota, Aécio Neves explicou cada uma das citações feitas por Delcídio. Ainda assim, destacou que é o maior interessado na apuração profunda do caso. “São três questões que não se conectam e que, na verdade, são conhecidas e requentadas”, disse. 

O deputado Domingos Sávio (MG) também rechaçou as acusações. “O senador deixou claro que toda acusação tem que ser investigada a fundo. Nós não vamos fazer como o Lula e sair atacando as instituições e a imprensa. Aécio é um homem honrado e nós queremos investigações sim”, destacou Sávio, ao lembrar que a famosa “lista de Furnas” foi fabricada pelo PT durante as investigações do mensalão para tentar confundir a Justiça e a opinião pública. Ficou comprovado pela própria Justiça que o presidente do PSDB nada tinha a ver com a denúncia.

O deputado Rocha (AC) alertou par a sistêmica corrupção do PT e afirmou que os apoiadores dessas irregularidades querem desviar as atenções. “Tentam, de forma fantasiosa, atribuir ao senador Aécio Neves a prática de corrupção em Furnas. É bom que se diga que este governo é corrupto e incompetente. Mas fazer a população crer que Aécio nomeou um terço de uma estatal ligada ao governo federal é um absurdo! O próprio Aécio Neves pediu uma investigação, ao contrário do ex-presidente Lula, que usou o subterfúgio do habeas corpus para não prestar depoimento ao Ministério Público”.

Abaixo, a íntegra das respostas de Aécio Neves, durante entrevista coletiva, sobre as citações ao seu nome feitas por Delcídio:

Tomei conhecimento hoje da íntegra da delação do senador Delcídio do Amaral. E além de absurdas e requentadas as citações ao meu nome, ou apesar disso, quero dizer de antemão que é preciso que se aprofunde na apuração de todas as citações ali contidas. Este aprofundamento vai separar o verdadeiro do falso.

No que diz respeito ao meu nome quero dizer que sou o maior interessado que isso seja apurado, em profundidade, são três questões que não se conectam e que, na verdade, são questões conhecidas e requentadas. Quero aqui fazer referência a elas.

A primeira diz respeito a uma fundação que cuja constituição foi iniciada pela minha mãe, no início do ano 2000, quando ela ainda era casada e o seu marido era do sistema financeiro. Com a doença dele e depois a morte, essa fundação não foi concluída. Jamais houve qualquer transferência de recursos para ela. E esse assunto já foi objeto de uma investigação pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro que pediu há vários anos o arquivamento que foi feito pela Justiça Federal no Rio de Janeiro.

Esse assunto já habitou o submundo dos sites petistas nos últimos anos. Durante a campanha eleitoral tentou-se levantar alguma irregularidade e não foi encontrada. Tanto que este assunto que circulou por várias redações jamais foi tratado com seriedade porque não tem absolutamente nada a ver com a política.

Lista de Furnas

A segunda questão diz respeito à conhecida lista de Furnas, talvez a maior fraude da política brasileira nos últimos anos. A lista de Furnas já teve o seu autor condenado por mais de sete anos. Cumpriu pena em Minas Gerais. É ainda investigado e processado por inúmeros outros crimes e essa lista não é uma, são inúmeras listas de Furnas para todos os gostos. Constituída para chantagear determinados agentes políticos, inclusive do PT. O senador Delcídio na sua delação comete pelo menos uma contradição que considero grave. Ele diz que a lista de Furnas não é verdadeira, mas, mesmo assim, políticos teriam recebido dinheiro dela. Isso é falso. É mais uma vez a repetição daquilo que já foi de forma cansativa repetido ao longo dos últimos meses e dos últimos anos, inclusive objeto de arquivamento por parte da PGR.

CPI dos Correios

Ao final, o senador Delcídio surge com uma história de que, durante a CPI dos Correios, houve uma interferência minha, através de outros agentes políticos, para que o Banco Rural de Minas Gerais pudesse maquiar dados. Vejam bem: muitos daqui participaram e acompanharam aquela CPI. Em nenhum momento, meu nome sequer foi citado para colaborar em qualquer uma das investigações que ali existiam. Jamais tive conta, jamais fiz um empréstimo, jamais tive qualquer relação com o Banco Rural e é incompreensível que esses interesses do Banco Rural, que ele relata, pudessem de alguma forma me atingir. Ao contrário, repito mais uma vez, o que queremos é que seja apurado em detalhes, e que seja apurado em profundidade. Soube agora há pouco, inclusive, que o relator da CPI na época, deputado Osmar Serraglio, publicou uma nota desdizendo o que disse o senador Delcídio, que em nenhum momento houve qualquer ação ou qualquer pedido meu e de quem quer que fosse no sentido de atender a interesses do Banco Rural, assim como já foi negado pelos outros agentes citados.

É, portanto, em uma hora como esta que devemos ser firmes na busca da apuração. Quero que isso vá a fundo. Sou o maior interessado em que tudo isso seja esclarecido, pois isso será um atestado de idoneidade que receberei, ou mais um.

Não é a primeira que vez que tentam colocar não apenas o meu nome, mas de outros agentes da oposição, nesse mar de lama que a Lava Jato vem mostrando a todo o país. Portanto, minha resposta a isso é de forma serena, pedir que se aprofundem nas apurações para que possamos ter isso clareado. E todas as três citações tratam-se de matérias absolutamente requentadas, sem qualquer – a meu ver – comprometimento meu ou dos outros agentes políticos citados.

(Reportagem: Djan Moreno)

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16 março, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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