Artigo
Ou você vai ou ela fica, por Miguel Haddad
Ao assumir, na terça-feira (16), a Liderança da Oposição na Câmara Federal, que reúne PSDB, DEM, PPS, PSB e Solidariedade, assumi um compromisso público, que reproduzo aqui: “Tomo essa responsabilidade com uma posição claramente definida. A extrema gravidade da situação nacional exige medidas profundas e imediatas para evitar que o nosso País mergulhe no abismo e retroceda uma ou mais décadas em seu desenvolvimento econômico e social.
Nesse quadro, o que deve presidir as nossas decisões, acima de qualquer interesse partidário, é o interesse nacional. Em nome desse interesse maior, temos de unir as oposições na luta pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff, seja pela via do impeachment, seja pela decisão dos Tribunais de Justiça.
Dilma é hoje o principal obstáculo para a tomada de medidas efetivas contra a crise, que assume, a cada dia, proporções mais assustadoras. O Brasil não suportará mais três anos de seu governo. O que move as soluções, principalmente as difíceis, a exigir sua cota de sacrifício a todos, é a confiança de que essas medidas contribuirão de verdade para a melhoria futura. Dilma e o seu partido não contam mais com a confiança do povo brasileiro. Nosso País, desde a sua posse, vaga sem rumo.
Seu afastamento apenas formalizará uma situação de fato e abrirá o caminho para a reconstrução nacional. O novo Brasil não pode esperar mais para começar a ser construído. Esse é o anseio do povo brasileiro. Vamos unir as vozes da oposição no Congresso às vozes dos homens e mulheres que, nas ruas e nas redes sociais, na família e no trabalho, exigem a mudança. Essa união fará a diferença. Essa luta não é a luta de um partido ou mesmo de um grupo de partidos, mas de todo o povo brasileiro”.
Na terça-feira seguinte (23), reunimos os líderes e presidentes dos partidos de oposição. Unidas, as oposições declararam apoio às manifestações do dia 13 de março e à retomada do processo de impeachment na Câmara dos Deputados. No mesmo dia, juntamente com representantes dos movimentos sociais, distribuídos por todo o Brasil, que hoje chegam a quase meia centena, decidimos criar um comitê pró-impeachment para organizar as ações pelo afastamento da presidente Dilma. O impeachment avança. No próximo dia 13 vamos todos às manifestações. Ou você vai ou ela fica.
(*) Miguel Haddad (PSDB-SP) é deputado federal e líder da oposição na Câmara. Artigo publicado no “Jornal de Jundiaí”. (foto: Gilmar Félix – CD)
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