Organização criminosa
“Todos os elementos mostram que o PT atua na ilegalidade para se manter no poder”, diz Daniel Coelho
Com a prisão do marqueteiro das campanhas do PT, João Santana, na 23ª fase da operação Lava Jato, o deputado Daniel Coelho (PE) é categórico em afirmar que agora “todos os elementos mostram que o PT atua na ilegalidade, como uma organização criminosa para se manter no poder”.
Em entrevista à rádio “Folha de Pernambuco” nesta terça-feira (23), o tucano avaliou que, se já havia elementos jurídicos que comprometiam a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff – com as prisões dos ex-tesoureiros do PT, do ex-presidente do partido e de uma dezena de parlamentares petistas – a prisão de Santana deixa “evidente que hoje está mais do que comprovado que a campanha à reeleição de Dilma foi feita com dinheiro de corrupção e de caixa dois”.
“O presidente do PT está preso, o tesoureiro, o marqueteiro, mais de dez deputados, o que só comprova que o PT trabalha na ilegalidade, como organização criminosa para se manter no poder. Os elementos são muito fortes. Todos os elementos jurídicos existem. O que precisa agora é avançar na compreensão da sociedade para se ganhar na base parlamentar rumo ao processo de impeachment”, avaliou.
Daniel Coelho acredita que o processo de impeachment tende a avançar na Câmara quando as bancadas que o defendem “avançarem” sobre uma base parlamentar, que ele define de “pendular” entre a oposição e o governo. “Nós temos hoje três bancadas definidas na Câmara: a de oposição clara com cerca de 100 deputados, os governistas que chegam também a 100 e outros 300 que transitam de um lado a outro. Precisamos agora ganhar terreno dentro desse campo pendular entre oposição e governo”, defendeu.
O parlamentar alerta para as tentativas do PT de tentar resumir o processo de impeachment da presidente Dilma a um confronto entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e a petista. “Não podemos criar uma confusão na população de que esse é um embate de Cunha contra Dilma. Esse é um embate de um país que precisa se moralizar. Não podemos achar normal a utilização de dinheiro roubado em campanha eleitoral. Essa é uma questão de moralização do Brasil”.
O parlamentar entende que o Brasil não pode perder a oportunidade de se moralizar com essa chance que está sendo dada pela operação Lava Jato ao revelar um “mensalão maior, o petrolão”. “Agora a situação é mais grave, os valores são maiores, a população está mais alerta e, na época do mensalão, não tínhamos uma operação organizada como a Lava Jato, nem a figura da delação premiada que é a grande figura desse processo”.
(Da assessoria do deputado/ Foto: PSDB-PE)
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