Nas alturas

Gestão petista precisa agir para conter descontrole da inflação, cobra Rogério Marinho

A alta dos preços não tem dado trégua. Segundo uma prévia da inflação do mês de fevereiro, o IPCA -15 registrou alta de 1,42%, a maior elevação desde 2003. O deputado Rogério Marinho (RN) apontou algumas saídas para crise econômica e para conter a escalada dos preços. Ele acredita que o país precisa de reformas estruturantes para se livrar da crise.

“No começo do ano aconteceu um aumento dos preços públicos, na educação, no transporte, e o governo tem aumentado o combustível. Tudo isso impacta o processo inflacionário”, lembra o parlamentar.

Seis entre nove grupos registraram aceleração no ritmo de aumento de preços na passagem de janeiro para fevereiro. As categorias que mais impactaram a inflação foram alimentação e bebidas, com alta de 1,92% e impacto de 0,49 ponto percentual. Já nos preços públicos, o transporte teve aumento de 1,65% e, a educação, 5,91%.

“O Brasil tem necessidade de uma reforma previdenciária, uma reforma no Estado como um todo para diminuir o tamanho e deixar de pressionar a sociedade, e uma reforma trabalhista. Ou fazemos reformas estruturais e o governo atenta para isso e coloca seu peso político nessa linha, ou dificilmente nós iremos sair da situação em que nos encontramos”, justifica.

Segundo o tucano, o mercado precisa de estabilidade, de regras claras e de uma fiscalização que irá diminuir as despesas e a carga tributária. “Quanto maior a carga tributária, maior a demissão de funcionários nas empresas” afirmou.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado ficou acima das estimativas dos analistas, que esperavam inflação entre 0,95% e 1,41%. O IPCA-15 acumula aumento de 2,35% no ano e de 10,84% em doze meses. O IPCA-15 é o período de coleta de preços que se situa aproximadamente do dia 15 do mês anterior a 15 do mês de referência.

Para o deputado, o problema maior que o país enfrenta é a falta de credibilidade no governo. “Nossa crise não é apenas econômica, é também uma crise ética, política e principalmente uma crise de gestão. Isso tudo repercute na economia. Enquanto esse governo continuar dificilmente teremos boas notícias”, declara o tucano.

(Reportagem: Elayne Ferraz/ Foto: Alexssandro Loyola)