Comércio em baixa


Para Hauly, governo Dilma é o principal culpado pela crise no comércio varejista

23111512399_6f3336a302_zO deputado Luiz Carlos Hauly (PR) afirmou nesta terça feira (16) que a única saída para o fim da crise que o país enfrenta é o afastamento da presidente Dilma. O tucano aponta os problemas enfrentados pelo comércio em 2015 e ressalta que o governo petista é o grande culpado. “A queda no varejo já era prevista, só foi uma constatação pela diminuição do poder aquisitivo, o desemprego em massa e pelo decréscimo da economia brasileira no ano passado”, justifica o parlamentar.

Em 2015, o setor varejista teve a maior crise registrada nos últimos 15 anos. Um estudo realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra o fechamento líquido de 95,4 mil lojas com vínculo empregatício. Nem as grandes lojas escaparam. Nos últimos 12 meses esses estabelecimentos registraram recuo de 14,8%.

Hauly ressalta que a crise tem atingido trabalhadores e empresários, mas também os governos municipais, estaduais e o próprio governo federal. A pesquisa também revelou que, das 27 unidades da federação, apenas uma não apresentou queda nos números de lojas: Roraima. O mais afetado foi o estado do Espírito Santo (-18,5%), seguido por Amapá (-16,6%) e Rio Grande do Sul (-16,4%). Os estados de São Paulo (-28,9 mil), Minas Gerais (-12,5 mil) e Paraná (-9,4 mil) responderam por mais da metade (53,3%) da queda no número de estabelecimentos.

As vendas encolheram 4,3% em 2015, de acordo com pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a pesquisa, os destaques negativos foram: móveis e eletrodomésticos (-14%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,5%); tecidos, vestuário e calçados (-8,7%) e combustíveis e lubrificantes (-6,2%).

O aumento da inflação, que fechou 2015 em 10,67%, também prejudicou o desempenho do varejo, de acordo com o IBGE. O forte avanço dos preços impactou, principalmente, os setores de supermercados e combustíveis.

“As famílias estão com dificuldades até para colocar comida para seus filhos, tudo culpa desse governo incompetente, desagregador e desestruturador que destruiu toda a base da economia brasileira nesses últimos anos”, critica o deputado.

O comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e material de construção, fechou 2015 com queda ainda maior: -8,6%, o maior recuo da série histórica do IBGE. De acordo com o instituto, os fatores que justificam esse desempenho são a diminuição do ritmo de crédito, a gradual retirada dos incentivos via redução do IPI, a elevação da taxa de juros e a restrição orçamentária das famílias.

Para o deputado, nenhuma das atitudes tomadas até agora pelo governo e pelo Banco Central têm condições de resolver a grave crise econômica que se abateu sobre a economia e as famílias brasileiras. “O que pode ser feito é tirar a presidente do governo. Com ela no governo, não há quem conserte a economia do Brasil”, afirma.

(Reportagem: Elayne Ferraz/ Foto: Alexssandro Loyola)

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16 fevereiro, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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