Choque de gestão às avessas, por Domingos Sávio
Apesar de terem assumido o governo do Estado há mais de um ano, os petistas continuam em cima do palanque e contando as mesmas mentiras que difundiram durante a campanha de 2014. Sem nada de concreto para mostrar, gastam a maior parte do tempo tentando desconstruir o legado deixado pelas gestões do PSDB e vociferando bravatas, como o “conto da carochinha” que o líder do governo do PT na Assembleia Legislativa, Durval Ângelo, publicou neste jornal em 04/02. A mentira da vez é que o governador Fernando Pimentel fará uma reforma administrativa para corrigir supostas distorções que teriam sido ocasionadas pelo Choque de Gestão, o inovador modelo de gestão pública implementado pelo PSDB em Minas, que se tornou uma referência para muitos estados brasileiros e até para outros países.
Na verdade, o governador petista está sendo forçado a fazer uma reforma administrativa porque, ao invés de reduzir os custos da máquina pública, adequando-se aos tempos de crise, promoveu uma grande gastança, aumentando o número de secretarias, contratando apaniguados, elevando os salários de comissionados do alto escalão e contraindo despesas sem receitas correspondentes. Exatamente o contrário do que o tucano Aécio Neves fez em seu primeiro ano de governo, em 2003.
É cada vez mais notório que a gastança e a ineficiência do governo petista estão destruindo importantes conquistas alcançadas pelo estado durante as gestões tucanas. A prática de escalonamento e parcelamento dos vencimentos, por exemplo, que tinha sido extinta no governo de Aécio foi ressuscitada por Pimentel, levando o caos a milhares de famílias mineiras. Além do atraso de salários, o governo petista extinguiu a política de estímulo à meritocracia dos servidores criada nas gestões tucanas e, com isso, acabou também com o prêmio por produtividade, espécie de 14º salário que era pago ante o cumprimento de metas pré-estabelecidas.
Em “compensação”, Pimentel aumentou o valor dos jetons pagos aos “companheiros’ que integram conselhos de estatais. Com isso, alguns deles passaram a receber salários de marajás, como é o caso do secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, que atualmente ganha estratosféricos R$ 60 mil por mês. O governo do PT passou também a fazer gastos estapafúrdios, como o “investimento” de R$ 3,4 milhões para pintar de vermelho – a cor do PT – as fachadas das Farmácias Populares criadas nas gestões tucanas.
Como se não bastasse, contrariando promessa de campanha, de uma canetada só Pimentel aumentou impostos de 180 produtos e serviços (como energia elétrica, material escolar, material de construção e até medicamentos), que tinham sido reduzidos por Aécio Neves e mantidos por seus sucessores, Antonio Anastasia e Alberto Pinto Coelho. No caso da energia elétrica, além de aumentar a alíquota do ICMS das empresas, o PT acabou com a isenção deste imposto nas contas de 2,3 milhões de famílias de baixo consumo, que tinham sido beneficiadas pelas gestões anteriores.
O fato é que o governo do PT e de Durval Ângelo está promovendo um choque de gestão às avessas em Minas, marcado pela incompetência, pela ineficiência e pelo mau uso dos recursos públicos.
(*) Domingos Sávio é deputado federal pelo PSDB-MG e presidente do diretório estadual. Artigo publicado no jornal “O Tempo”. (foto: Alexssandro Loyola)
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