Recessão inédita
Saída de Dilma é decisiva para Brasil superar crise econômica, defendem deputados
Para deputados do PSDB, a mudança de comando na Presidência da República é o caminho para superar a profunda crise econômica que atinge o Brasil. De acordo com reportagem da “Folha de S.Paulo”, a economia do país corre o risco de mergulhar em um período de três anos seguidos de contração, o que seria algo inédito desde 1901, início da série histórica.
PETISTAS AFUNDARAM O PAÍS
Os números que vem à tona são desalentadores. Para 2016, o banco Credit Suisse esperava uma retração de 3,5%, mas agora já trabalha com projeção de 4%, mesma estimativa que fez para o ano passado. Para 2017, ainda haveria um recuo entre 0,5% e 1%.
Ao comentar os dados levantados pelo jornal, o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), responsabilizou Lula, Dilma e o PT pela situação. “A saída mais rápida para sair do buraco que eles causaram é a saída da Dilma”, defendeu em sua página no Facebook.
Segundo o deputado Luiz Carlos Hauly (PR), enquanto a presidente Dilma e o PT estiverem no comando do país e o ex-presidente Lula prosseguir interferindo na condução da política econômica, não haverá conserto. “O Brasil não sairá do atoleiro”, alertou nesta quarta-feira (10).
“Nunca antes na história deste país o Brasil experimentou tamanha depressão econômica”, completou o deputado Max Filho (ES), ironizando a frase dita inúmeras vezes pelo ex-presidente Lula. Para ele, o PSDB deve seguir lutando pela retirada da presidente Dilma da Presidência da República. “Seria uma alternativa no curto prazo para que fosse feita uma correção de rumos e o Brasil pudesse voltar a inspirar confiança desde os mais humildes aos investidores”, defendeu.
De acordo com o jornal paulista, a última vez que o PIB encolheu por dois anos seguidos foi no biênio 1930-1931, após a quebra da Bolsa de Nova York. Já um período de três anos de contração seria inédito. Hauly ressalta que os indicadores econômicos confirmam o alerta feito pelos tucanos ao longo dos últimos anos. “Com inflação em alta, juro elevado, famílias e empresas endividadas, não há condição de o pais voltar a crescer”, afirmou, destacando que hoje já são 60 milhões de brasileiros inadimplentes com suas contas básicas, como água, luz e telefone.
Segundo o parlamentar, para piorar a má situação fiscal do governo federal arrasta estados e municípios. “O buraco que o PT e a Dilma cavaram vem afundando o Brasil”, lamentou, para em seguida reiterar: “O desastre é total e não tem nenhuma outra saída a não ser tirar Dilma e o PT do governo e começar uma nova ordem econômica, um novo momento político econômico para a vida do país”.
Há números divergentes entre as instituições, para pior: o Itaú Unibanco esperava uma contração de 2,8% do PIB em 2016. Agora, projeta em 4% negativos. O pior do ciclo recessivo é o clima de incerteza que domina Brasil e o mercado mundial. E mais: além da crise econômica, o Brasil continua mergulhado numa crise política interna e está ameaçado pelo risco de desaceleração da economia chinesa, que provoca reflexos negativos no mundo inteiro.
DESEMPREGO
O índice de desemprego é outro indicador preocupante. De acordo com a pesquisa Pnad Contínua (IBGE), a taxa, que em 2014 foi de 6,8%, deve alcançar 8,3%, em 2015. Segundo as projeções, feitas pelo Credit Suisse, baseadas no comportamento de outros países semelhante ao mercado brasileiro, em 2017 haverá uma taxa de desemprego de 13,5%. Apenas no ano passado, 1,5 milhão de empregos com carteira assinada foram eliminados no Brasil.
(Reportagem: Ana Maria Mejia/fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)
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