Desastre de gestão


Enfrentamento da oposição à volta da CPMF será firme, garante Bruno Araújo

A presidente Dilma Rousseff voltou a defender, nessa quinta-feira (28), a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) como forma de tirar o Brasil da crise gerada pelo seu governo. O apelo da petista, no entanto, não contará com o apoio da oposição quando a proposta for encaminhada ao Congresso Nacional.

O líder da Oposição na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), foi categórico em afirmar que o enfrentamento das oposições contra a CPMF será “muito firme”, porque o país “não aguenta mais pagar a conta do desastre da gestão fiscal” do governo da presidente Dilma.

“Diante da altíssima carga tributária que o Brasil tem nós não suportamos mais o tamanho dessa cobrança sem a contrapartida da prestação de serviços. A CPMF, patrocinada pela presidente Dilma, nada mais é do que aquele filho que gasta toda sua mesada e pede aumento. Eu tenho certeza de que não há ambiente na Câmara dos Deputados para concessão da CPMF. Nós faremos o enfrentamento muito firme em relação à essa pretensão da presidente Dilma de querer impor mais essa conta ao povo brasileiro diante do desastre da sua gestão fiscal”, prometeu o tucano em entrevista a rádio CBN nesta sexta-feira (29).

O parlamentar reconheceu que a CPMF cumpriu um papel no passado, atendendo inclusive interesses de gestões do PSDB, mas ressaltou que nos governos do PT os recursos do tributo, que deveriam ter sido destinados à saúde, terminaram bancando o inchaço da máquina pública.

“Não há nenhuma credibilidade da presidente, que impôs o descontrole das contas públicas, pedir um novo tributo ao país e exigir esse esforço. O governo deveria apresentar ao país um grande corte em suas despesas, como qualquer orçamento doméstico de quem não fecha suas contas e precisa fazer para ajustá-las. E isso o governo não apresentou à sociedade brasileira até esse momento”, frisou.

Bruno Araújo também comentou a dificuldade de governo e oposição acordarem uma alternativa à CPMF – como por exemplo, um tributo com tempo de cobrança determinado e valores diferenciados para faixas de renda maiores – pelo fato de a sociedade não confiar na legitimidade da presidente Dilma, que mentiu ao povo brasileiro e continua gastando de forma irresponsável.

“A questão objetiva é falta de credibilidade, falta de legitimidade de uma presidente que não falou a verdade, e mais do que isso, continua gastando de forma irresponsável para causar uma sensação de bem-estar econômico artificial que levará o povo brasileiros, nos próximos anos, a ter que pagar uma conta que, se o país soubesse da real situação em que as contas brasileiras se encontravam, seguramente teria feito uma opção por outro tipo de condução de política econômica”.

Entende, porém, que diante da grave situação econômica do país, oposição e sociedade precisam estar abertas a ouvir uma agenda que aponte, a médio e longo prazos, para uma saída do Brasil “da mais grave crise da história da República”.

“O momento é grave e chama todos nós, inclusive a oposição, a discutir uma agenda que aponte saídas para os problemas do futuro. Mas falta à Presidência da República uma presidente. Um líder que ponha uma agenda na mesa e aponte soluções para o Brasil. A reforma da previdência pode ser uma dessa posições. Agora é bom lembrar que enquanto a presidente Dilma anuncia a possibilidade de enviar um projeto de reforma da previdência ao Congresso Nacional, as bancadas petistas na Câmara e no Senado já avisam que vão operar contra. Então, além de todos os problemas que o Brasil conhece, essa presidente da República sofre um enfrentamento dentro do seu próprio partido”.

(Da assessoria do PSDB-PE/ Foto: Alexssandro Loyola)

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29 janeiro, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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