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Recorde da dívida pública revela incapacidade administrativa do governo, diz Caio Narcio

23788406856_a6fe684c0d_zA dívida pública federal (DPF) deu um salto de 21,7% em 2015, chegando a R$ 2,793 trilhões. É o maior patamar desde 2004 e a dívida deve continuar crescendo. Nesta terça-feira (26), o deputado Caio Narcio (MG) afirmou que o endividamento representa a incapacidade administrativa do governo em conseguir sanar suas dívidas ou pelo menos equilibrá-las.

“É um despreparo total do ponto de vista administrativo dando prejuízo inclusive nas coisas fundamentais e por diversas vezes investindo em áreas totalmente supérfluas que não teriam necessidades de serem efetivadas”, justifica.

A DPF reúne tudo que o país deve em território nacional e no exterior.  Um dos motivos para esse estrondoso crescimento foi o aumento da despesa com juros, que totalizou R$ 367,67 bilhões, o maior valor já registrado. Em 2014, foram gastos R$ 243,3 bilhões com abatimento de juros. As emissões de títulos da dívida superaram em R$ 42,8 bilhões os resgates no ano passado. Desse total, mais da metade, R$ 28,40 bilhões, refere-se a títulos com remuneração prefixada.

“O que a gente assiste é um governo que gasta mal, não tem responsabilidade financeira econômica e nem responsabilidade fiscal, como vimos ano passado. São votados PLNs para poder driblar a Lei de Responsabilidade Fiscal, isso demostra que o governo acha que pode fazer tudo e pensam que as finanças do país são deles”, ressalta.

Com o aumento da taxa Selic em 2,5 pontos percentuais ao longo do ano passado e a disparada do dólar, o custo médio da dívida subiu ao maior patamar desde o fim de 2008, para 16,07%. Para 2016, o Tesouro trabalha com a perspectiva de uma dívida entre de R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões, de acordo com o PAF (Plano Anual de Financiamento). A dívida federal vai demandar R$ 589,7 bilhões em financiamento no mercado.

“O Brasil não é de um partido, mas eles tratam como se fossem um brinquedo que eles podem fazer da maneira como acham melhor”, critica o deputado.

(Reportagem: Elayne Ferraz/ Foto: Alexssandro Loyola)

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26 janeiro, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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