Doença bate recorde


Para tucanos, corte de verbas para combater o Aedes confirma falta de compromisso de Dilma com a saúde pública

O Ministério da Saúde reduziu pela metade a verba extra repassada às prefeituras para ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. O corte acontece na fase em que os casos e óbitos por dengue bateram recorde no país e, mais grave ainda, no momento em que teve início um surto de microcefalia associada ao zika vírus.

Em dezembro de 2013, quando foram registrados 1,4 milhão de casos de dengue e 674 mortes, a União autorizou o repasse extra de R$ 363,4 milhões para os municípios. Já em dezembro de 2014, o valor do piso variável diminuiu para R$ 150 milhões e, em 2015, quando o número de pessoas infectadas chegou a 1,6 milhão, com 863 mortos, o valor da verba extra voltou a cair, desta vez para R$ 143,7 milhões.

Em Pernambuco, o Recife foi apontada como a cidade com o maior número de casos registrados no país, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde: subiu de 119 para 152 o número de suspeitas de microcefalia no final do ano passado.

“A saúde pública no Brasil vive a pior crise dos últimos anos. O governo do PT desmantelou esse sistema e agora deixa as prefeituras à mingua no momento em que é preciso enfrentar essa grave crise com as doenças que surgiram decorrentes do mosquito Aedes aegypti. A falta de combate deixou de ocorrer por conta dos recursos que não chegaram. Isso é de uma gravidade enorme e a responsabilidade do governo é direta em relação a esse tema”, condenou o deputado Betinho Gomes (PE).

O deputado Daniel Coelho (PE) entende que o corte de verbas para o combate ao mosquito Aedes aegypti só reforça a falta de compromisso do governo Dilma com a saúde dos brasileiros. O tucano acusa a presidente de fazer de seus ministérios – incluindo o da Saúde – um balcão de negócios em troca de apoio parlamentar.

“O governo perdeu a vergonha e o compromisso com a saúde dos brasileiros. Colocou o Ministério da Saúde no balcão de negócios para a compra de apoio parlamentar e continua a negociar nomeações. Esse corte mostra que para Dilma só interessa sua manutenção no poder, mesmo que isso aconteça às custas do bem estar da nossa população”, lamentou Daniel.

A presidente do PSDB Mulher-PE, Terezinha Nunes, também lamentou a decisão da presidente Dilma de cortar pela metade as verbas de combate ao mosquito da dengue. “É um absurdo. Lembramos que o Ebola é muito mais recente que a Dengue e está sendo banido dos países africanos. Aqui, o Aedes aegypti nos infelicita há mais de 10 anos e o problema só se agrava por conta de descasos desse tipo”.

(Da assessoria do PSDB/PE/ Foto: José Cruz/ABR)

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25 janeiro, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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