Economia de mal a pior


Pedro Vilela afirma que falta sinalização para melhoria da economia em 2016

O deputado Pedro Vilela (AL) alertou nesta sexta-feira (22) que 2016 será um ano muito difícil para os brasileiros. Ao analisar números atuais, o tucano afirmou que está difícil encontrar uma luz no fim do túnel para a situação econômica do país. Em 2015, foram fechadas 1,5 milhão de empregos com carteira assinada. A expectativa é de que neste ano a situação seja a mesma. Como se não bastasse, a inflação continua subindo e o dólar bateu recorde histórico, R$ 4,16 – o maior valor desde que o Plano Real foi lançado, em 1994. 

Alémpedro Vilela de as pessoas estarem ficando desempregadas, depois que o Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 14,75%, os analistas avaliam que os preços continuarão subindo. O poder aquisitivo segue em queda livre. Segundo Vilela, as medidas adotadas pelo governo federal têm afetado o que a população tem de mais precioso e mais importante, que é o emprego e o poder de compra.

Em 2014, o mercado brasileiro havia gerado 420 mil vagas formais. Com o dado negativo do ano passado, no entanto, o estoque de empregos no país, que vinha em crescimento contínuo até 2014 caiu 3,7%, retrocedendo ao nível de 2012. “Conforme aumenta o desemprego, as pessoas perdem seus salários e ao mesmo tempo temos uma disparada nos preços dos itens mais básicos de consumo como alimentos, energia e combustível. Então é claro que o quadro chega a ser dramático, o que temos a fazer é cobrar do governo que tome medidas e posições para combater esse momento que o Brasil enfrenta,” comentou o parlamentar.

 INTERFERÊNCIA INDEVIDA

Apesar das críticas ao BC, analistas de grandes bancos avaliam que, se o presidente Alexandre Tombini cair, o dólar explodirá, chegando a valer até R$ 7. “É ruim para a economia e para a população quando o dólar sobe, pois a inflação sobe  junto e estamos falando de itens básicos. O câmbio tem que ser razoável, nem tão alto e nem tão baixo, mas hoje estamos vendo que não há controle e nem previsibilidade, o que afasta investidores e agrava ainda mais a situação”, avalia Vilela.

Em relação à questão da autonomia do BC, o tucano afirma que houve clara interferência da presidente Dilma e do Planalto na decisão sobre a taxa básica de juros. “Essa situação sempre foi muito deliciada nos governos do PT, que é um partido de mentalidade intervencionista que não dá independência a órgãos importantes. É uma má sinalização para o mercado e para a instituição”, observa.

 

(Reportagem: Djan Moreno e Elayne Ferraz)

 

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22 janeiro, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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