De mal a pior


Brasil vive “ciclo perverso” do desemprego, afirma Daniel Coelho

16795736199_2ea5e57e13_zEm meio à crise econômica e à recessão, o mercado de trabalho no Brasil vai de mal a pior. Novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado na terça-feira (19), estimou que 2,3 milhões de trabalhadores devem perder seus empregos este ano. Deste total, 700 mil serão brasileiros, representando 30% do avanço. O aumento de 7,7% no índice de desemprego do país é o maior entre as grandes economias mundiais. E para o deputado Daniel Coelho (PE), o quadro pode ser ainda mais grave.

O tucano avaliou como “alarmante” a projeção e chamou atenção para a diferença entre o cálculo utilizado pela OIT, em nível mundial, e, no Brasil, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O número de desempregados apresentado pelo IBGE, que já é elevado, não é real. Hoje, mais de 20% da população está inserida em programas sociais. São pessoas que, na maioria das vezes, vivem de bicos para ganhar um trocado no fim do mês e, no entanto, não estão sendo consideradas desempregadas pela regra brasileira. É um absurdo considerá-las economicamente ativas. O governo da presidente Dilma Rousseff mascara o subemprego e orienta o IBGE a fazer o mesmo”, afirmou.O relatório revelou ainda que, em comparação com 2014, serão 1,2 milhão de novos desempregados no Brasil. Segundo a OIT, o Brasil “entra numa recessão severa” e nem mesmo as políticas sociais e de promoção de empregos implementadas nos últimos anos serão suficientes para frear o desemprego.

Segundo o parlamentar, a notícia demonstra o “ciclo perverso” instalado no Brasil. “É um efeito cascata. No momento em que a crise se aprofunda, o governo aumenta o desemprego. Quando aumenta o desemprego, cresce a crise porque [a situação] diminuiu o poder de consumo da população e o mercado interno fica menor. Então, estamos num ciclo perverso que tende a cada vez mais agravar a situação de crise econômica e do próprio desemprego”, reiterou.

De acordo com o jornal O Globo, a Votorantim Metais anunciou a suspensão temporária da produção de níquel das unidades de Niquelândia, em Goiás, e no bairro de São Miguel Paulista, em São Paulo, até que sejam “restabelecidas as condições de mercado”. Ou seja, não há prazo estabelecido para a retomada das operações. Segundo a empresa, só em 2015, o preço do níquel recuou 40% no mercado internacional. Dos 1.012 funcionários da companhia, 880 serão desligados e os demais direcionados para a manutenção dos equipamentos.

Para Coelho, o cenário não se reverterá se o governo não mudar a política econômica e a maneira de administrar o país. “Desde 2009, o governo vem trabalhando com déficit, gastando mais do que arrecada e sendo irresponsável com as contas públicas. Infelizmente, em 2015, e agora mais grave em 2016, chegou a conta pra gente pagar de quase uma década de irresponsabilidade”, completou.

(Do PSDB/ Foto: Alexssandro Loyola)

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21 janeiro, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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