Não vai passar

Congresso deve reprovar CPMF e tentativas de Dilma de aumentar impostos, defende Hauly

Assim como deputados do PSDB, diversas entidades desaprovam a recriação da CPMF. Cinco instituições de representação nacional divulgaram nota com críticas à intenção da presidente Dilma de ressuscitar o imposto. As organizações acusam a petista de não ter “legitimidade política” para propor aumento de impostos, já que não tratou do tema em sua campanha eleitoral, em 2014.

Para o deputado Luiz Carlos Hauly (PR), o Congresso Nacional irá reprovar a tentativa de Dilma de aprovar a CPMF ou qualquer outro aumento de imposto. “Nesse momento dramático da vida e da economia brasileira nós temos que estar atentos, principalmente o Congresso, em não respaldar o governo com aumento de impostos”, justifica.

Na nota, as entidades apresentaram suas convicções no sentido de que falta legitimidade política para a presidente propor medidas que aumentem a carga tributária no Brasil, seja criando a CPMF ou aumentando as alíquotas de tributos existentes. O texto foi assinado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), CNI (Confederação Nacional da Indústria), CNT (Confederação Nacional do Transporte), CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) e CNS (Confederação Nacional da Saúde).

A nota diz que Dilma não tratou de aumento de carga tributária ou de criação de tributo durante a sua campanha eleitoral. Assim como os parlamentares do PSDB, as entidades defendem que o equilíbrio das contas públicas se dê com cortes de despesas e o incremento da atividade econômica.

O tucano acredita que o governo precisa diminuir tamanho e peso perante a sociedade. “Nós vamos cobrar duramente o governo e vamos fazer de tudo para reprovar essa tentativa de aumentar os impostos e fazer com que a população seja mais penalizada ainda. Os trabalhadores estão sendo mais penalizados com o desemprego, a carestia, a alta das taxas de juros e o aumento dos impostos”, afirma.

Hauly lembra que o Brasil é o país que mais cobra impostos das pessoas mais pobres. “Não tem país no mundo que cobra mais impostos dos pobres do que o Brasil. Nós seremos contra, votaremos contra, encaminharemos contra e faremos de tudo para que essa tentativa da presidente Dilma seja barrada”, declara.

O deputado Caio Narcio (MG) afirma que votar com a CPMF é uma vergonha. “O caminho não é aumentar impostos e sim aumentar o trabalho gerando empregos”. Já Vitor Lippi (SP) diz que a crise que assola o país está empobrecendo o brasileiro em todos os níveis, inclusive influenciado pela alta dos preços nos supermercados. “Precisamos mudar os rumos do nosso Brasil”, ressalta.

(Reportagem: Elayne Cristina e Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)