Chega de impostos


Líder do PSDB critica pressão de Dilma por volta da CPMF para conter crise econômica

12512820_960277267390430_6167140513109103835_nO líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), reforçou que o partido é contra a recriação da CPMF após declarações da presidente Dilma a favor de mais um imposto. A petista afirmou que considera a volta do tributo a solução mais viável para o país sair da crise. Dilma deposita na CPMF todas as fichas para equilibrar o caixa do governo.

Para o líder, o aumento de impostos não é o melhor caminho. “Dilma disse que quer recriar a CPMF para solucionar o desemprego e tirar o país da crise! É óbvio que essa é mais uma das muitas bobagens ditas por uma presidente sem credibilidade e que insiste em jogar para a sociedade o preço da incompetência e da roubalheira do seu desgoverno! Votaremos contra qualquer proposta de aumento de imposto. Fora Dilma!”.

A CPMF foi criada em 1997 para ser provisória, mas acabou sendo renovada várias vezes e durou 11 anos. Entre 1997 e 2007, arrecadou R$ 223 bilhões. Segundo a Receita Federal, só no último ano de vigência foram mais de R$ 37 bilhões. A volta da CPMF está prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC 140/15), encaminhada pelo governo à Câmara em setembro. O texto prevê que 0,2% de cada transação bancária vá para o governo federal financiar a Previdência Social.

A presidente Dilma sancionou a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016 já contando com uma arrecadação de R$ 10 bilhões com a CPMF a partir de setembro. Para que o plano da petista dê certo, a PEC precisa ser aprovada até maio – ela só pode entrar em vigor três meses depois de virar lei. A proposta ainda precisa ser analisada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e, depois, vai para comissão especial. Só então será avaliada em dois turnos na Câmara, mais dois no Senado.

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou ao jornal “O Globo” que o partido é contrário ao aumento de impostos. Para ele, o governo deveria fazer sua parte na diminuição de gastos em vez de exigir sacrifícios da população.

“No PSDB votaremos contra a recriação da CPMF e somos contrários a quaisquer novos impostos”, ressaltou. Para o tucano, o aumento da carga tributária ampliará a recessão e impactará de forma negativa em todos os setores da atividade econômica, agravando o desemprego e a crise social.

“Faria melhor a presidente, antes de impor novos sacrifícios aos brasileiros, que fizesse a sua parte na diminuição da estrutura do governo, que foi prometida por ela e ainda não cumprida”, declarou.

 O senador lembra que a defesa de mais impostos por Dilma contraria o discurso feito por ela na campanha. “O que nos causa perplexidade é a falta de cerimônia da presidente Dilma em desmentir a candidata Dilma, que passou a campanha garantindo que não haveria aumento de impostos”, justificou.

(Reportagem: Elayne Ferraz)

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18 janeiro, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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