Corte de gastos


Para Miguel Haddad, Dilma deveria aprender com governo de SP a equilibrar despesas

16940747677_56bf41fc55_zO deputado Miguel Haddad (SP) fez um alerta para a diferença entre o discurso e a prática do governo Dilma no que diz respeito à contenção de despesas. Os órgãos federais continuam a abusar dos gastos com aluguel. Um exemplo é a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que vai pagar R$ 120 milhões nos próximos cinco anos pelo aluguel de um edifício, fora os custos com manutenção.

Por outro lado, o deputado citou como bom exemplo a gestão de Geraldo Alckmin em São Paulo. Para ele, o governador tem feito os cortes necessários, pois reduziu o valor de locações, utilizando prédios próprios, o que tem feito uma diferença enorme no orçamento do estado.

Nesta semana, Alckmin publicou decreto no qual determina que os órgãos das administrações direta e indireta de São Paulo renegociem todos os contratos com custo maior que R$ 750 mil. O documento também freia a contração de imóveis para abrigar prédios públicos, além de veículos usados para deslocamento dos funcionários públicos. A medida tem o principal objetivo de reduzir gastos. No ano passado, São Paulo a alcançou economia de R$ 450 milhões.  

Para Haddad, diante da atual situação econômica a medida adequada é fazer cortar de forma organizada para compatibilizar gastos e receitas. “O governo federal anuncia cortes que não se realizam. Ainda existem valores de locação muito altos”, alerta.

Ainda no governo federal, a Infraero paga R$ 380 mil mensais para ocupar a antiga sede da Transbrasil, no aeroporto de Brasília, mesmo possuindo prédio próprio na cidade. A Funai, que já aluga prédio de 15 andares por R$ 700 mil, tem comissão para estudar construção de nova sede. No segundo semestre de 2015, em meio ao anúncio dos cortes de Dilma, a Defensoria Pública da União e a Procuradoria Geral da Fazenda concluíam suas mudanças para duas torres novas, alugadas da Confederação Nacional do Comércio por mais de R$ 1 milhão cada.

Segundo o deputado, fazendo comparações entre governos estaduais é possível perceber a diferença nas gestões. O parlamentar destaca que o governador de SP sempre teve preocupação com gastos, especialmente de locações, veículos e segurança.

“De fato é uma questão de priorizar, o que o governo do PT não faz porque as gestões são de péssima qualidade e falta compromisso com o orçamento. Um exemplo é a questão das pedaladas fiscais”, completou.

Para Haddad, o atual  governo  não tem rumo nem prioridades, já que a presidente tem como objetivo único escapar do impeachment. “Já o governo do PSDB em  São Paulo tem como prioridade a gestão, bons resultados, a busca por valores menores e uma gestão enxuta. Ou seja, o governo federal precisa aprender isso”, justifica.

 (Reportagem: Elayne Ferraz e Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)

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8 janeiro, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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