Problemas financeiros

Crise econômica afugenta investidores e prejudica a indústria

A tentativa do governo Dilma Rousseff de arrecadar mais para solucionar os problemas financeiros do país afugenta cada vez mais investidores, e dificulta o processo de retomada do crescimento. Após três anos negociando com a Petrobras sobre o fornecimento de nafta, matéria-prima usada na indústria petroquímica, a Braskem fechou um contrato que, de acordo com nota divulgada pela empresa, “não reflete integralmente as condições necessárias para garantir a competitividade da indústria petroquímica no país”.

De acordo com reportagem dessa segunda-feira (4) do Correio Braziliense, o acordo assinado em 23 de dezembro entre Braskem e Petrobras prevê o fornecimento de sete milhões de toneladas anuais de nafta por cinco anos, ao preço de 102,1% da referência internacional do Norte da Europa ARA (Amsterdã, Roterdã e Antuérpia), que, no último dia 27, estava em US$ 387 a tonelada. Se esse preço se mantiver, a Braskem pagará à Petrobras cerca de US$ 395 por tonelada do produto.

Na avaliação do deputado Domingos Sávio (MG), “o problema do Brasil reside na ausência de governo”. “Essa ausência de governo não pode ser atribuída a uma disputa política, porque ela não depende sequer de votações no Congresso. Estando o Congresso em recesso ou não, o Poder Executivo não mostra aptidão, competência e vontade política de apresentar e apontar um caminho para estabilidade econômica, para a retomada do desenvolvimento. É um governo incompetente que não tem nenhuma aptidão para a competitividade”, afirmou.

As condições propostas no Brasil fazem com que a petroquímica, do ponto de vista estratégico, diminua cada vez mais a dependência do país e da nafta, fortalecendo a internacionalização da companhia. Segundo o jornal, o plano de negócio da empresa prevê reduzir o uso do insumo brasileiro na produção dos 68% de 2014 para 49% em 2016. Assim, se fortalecem as plantas de gás, principalmente nas Américas. O objetivo é que o uso do gás, que hoje representa 31%, seja elevado para 50%. Domingos Sávio citou ainda os efeitos da má fase da Petrobras e ressaltou que a estatal é o “grande símbolo da incompetência do governo do PT”.

“Enquanto houver governo do PT, a Petrobras dificilmente consegue se reerguer, porque ela é uma vítima deste governo incompetente e vocacionado para a corrupção. Obviamente, a Petrobras não indo bem repercute de maneira forte na economia, afetando a vida desde o cidadão mais humilde que precisa usar transporte coletivo – o óleo diesel não para de subir de preço -, até uma grande empresa transformadora de petróleo, como a Braskem, que representa milhares e milhares de empregos”, lamentou.

(Da assessoria do PSDB/ Foto: Alexssandro Loyola)