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Tucanos: com Dilma no poder, 2016 chega com perspectivas tenebrosas para o Brasil 

O ano chega à reta final com o carimbo da crise econômica que atinge em cheio o Brasil, marcando para sempre o turbulento primeiro ano do segundo mandato de Dilma. Diante da recessão e da incompetência já demonstrada por diversas vezes pela presidente, deputados do PSDB avaliam que a perspectiva é de agravamento da situação enquanto Dilma estiver à frente do Palácio do Planalto. A petista começará 2016 sob ameaça do impeachment e da cassação de sua chapa pelo TSE por abuso de poder político e econômico.  

Consolidada nesta semana, a troca no Ministério da Fazenda mostra que Dilma optará pela cartilha que levou a nação à ruína, trazendo ainda mais desconfiança dos agentes econômicos. Na opinião do deputado Alexandre Baldy (GO), o Brasil chega em 2016 completamente sem perspectiva. “Pior de tudo é que as famílias veem os empregos diminuindo, mais pessoas sendo demitidas e a economia encolhendo”, afirma. O tucano lamenta que seja mais um ano recessivo e que remete o Brasil à crise global de 1929, quando a quebradeira nos EUA provocou duros impactos ao Brasil, com dois anos seguidos de recessão. 

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Os números oficiais dos últimos dois anos corroboram a gravidade da situação: queda de 30% nos investimentos, 14% na produção industrial e 14,5% nas vendas do comércio, segundo reportagem do jornal “O Globo” . A esses índices acrescenta-se o aumento da taxa básica de juros e dificuldade crescente para refinanciamento da dívida pública, restringindo a solvência dos governos federal, estaduais e municipais. Além disso, nos últimos 12 meses, o Brasil perdeu 1,5 milhão de vagas de empregos formais e a inflação ultrapassou os 10%, bem acima do teto de 6,5% estabelecido pelo próprio governo.

Para Alexandre Baldy, diante das sinalizações já feitas, o mercado financeiro e o setor produtivo tampouco esperam medidas drásticas para conter despesas. Ao contrário, temem uma guinada na política econômica para garantir o crescimento a todo custo. “O governo insiste em manter uma maquina administrativa pesada, cara, e isso não contribui para que o Brasil volte a girar a sua economia, gerar empregos e, principalmente, a ter o foco na melhoria da renda dos brasileiros”, disse ele.

REPROVADA PELA POPULAÇÃO

Sentindo diretamente os efeitos da crise, a população reprova o desempenho de Dilma. De acordo com o Ibope, na primeira quinzena de dezembro, a sua taxa de desaprovação atingiu patamar recorde (83%), índice maior que os piores momentos vividos pelo ex-presidente José Sarney (1986-1990), que deixou o poder com uma inflação mensal de 83%. Na esfera política, ela já foi alvo de 39 pedidos de impeachment em 245 dias úteis. Três foram aceitos, anexados e transformados num único processo, que está em andamento.

“Ninguém acredita mais no discurso da presidente Dilma Roussef. Ela perdeu a credibilidade, a legitimidade para administrar e fazer o Brasil retomar o rumo do crescimento”, disse o deputado goiano. Conforme ressaltou Baldy, o governo não consegue nem pagar as contas e vai fechar o ano com um déficit de quase meio trilhão de reais, o equivalente a 9% de nosso PIB.

Com mais de 15 anos de vida pública, o deputado Izalci (DF) também não tem ilusões. Para ele, a única alternativa para o Brasil voltar a crescer é a mudança de governo. “Minha grande esperança chama-se Tribunal Superior Eleitoral, que pode cassar a chapa Dilma/Michel e convocar novas eleições”, declarou. Ele afirma que um novo governo pode trabalhar para resgatar a credibilidade do país. Em 2016, o TSE retomará a análise das ações apresentadas pelo PSDB que denunciando abuso de poder político e econômico durante a campanha eleitoral. Ou seja, no ano que se inicia o inferno político de Dilma terá continuidade. 

(Reportagem: Brasília, Ana Maria Mejia/Fotos: Alexssandro Loyola)

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23 dezembro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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