Agora é com as ruas e o Parlamento, por José Aníbal


Na pesquisa Datafolha de final de novembro, 65% dos brasileiros achavam que o Congresso deveria afastar Dilma, ante 30% contrários. Quanto ao efetivo afastamento de Dilma pelo Congresso, 56% achavam que não iria acontecer e, 36% achavam que sim.

A votação de ontem sobre a composição da comissão que vai analisar o pedido de impeachment da presidente é uma forte demonstração de sintonia entre o Congresso e o desejo da maioria dos brasileiros. E também é um indicativo firme de que o Parlamento vai considerar seriamente a aplicação de um dispositivo constitucional para por fim ao ruinoso governo Dilma.

Pedaladas são todos os desastres causados pelos desatinos da gestão Dilma/PT/Lula, queimando dezenas de bilhões de reais, criando, com isso, um butim para a mais impressionante corrupção de nossa história. É o estelionato eleitoral. É o miserável 2015 de mais corrupção para prolongar um governo inerte/moribundo à custa do sofrimento dos brasileiros, do aumento da pobreza, da miséria e dos recordes negativos quanto a emprego, crescimento e inflação. É pelo conjunto da obra que o impeachment de Dilma ganha força.

O cenário devastador criado pelo lulopetismo não é criação de marketing, fruto de conspiração midiática, obra da oposição. Na busca de hegemonia praticada com imposição de vassalagem, com uso de dinheiro público, o lulopetismo montou uma extensa e custosa rede de comunicação, fundada na criminalização do debate e difamação dos adversários/inimigos.

O fato é que a janela foi aberta e por ela está entrando o oxigênio animador de mais manifestações dos brasileiros testemunhando o desejo de mudança e a urgência de sua realização. No momento certo, Michel Temer, em um desabafo que veio a público, deu fundamental contribuição ao revelar a arrogância de quem devia ter humildade para buscar convergências e caminhos para sair da crise. A começar no relacionamento com o vice-presidente que, não sendo igual, mostrou que podia contribuir, como fez em votações pró-ajuste em meados do ano. A arrogância de Dilma turvou mais ainda sua compulsão autoritária, própria do estilo “sabe tudo”.

Dia 13, às 13h, fora o 13. É um modo engenhoso de dizer que não queremos a continuação do tensionamento e ameaças que marcam o estilo petista. O país não acredita que o modo do PT de governar, com a alucinação da perpetuidade e do hegemonismo, seja capaz de nos tirar da crise. E não é, como vimos ao longo deste ano. Chega. Não vamos nos conformar. Vamos nos manifestar. 13, às 13h, fora 13. O Parlamento certamente fará sua parte.

(*) José Aníbal é presidente do Instituto Teotonio Vilela. (foto: Alexssandro Loyola)

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9 dezembro, 2015 Artigosblog Sem commentários »

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