Dificuldades sem fim


Em carta enviada por Izalci ao governador, setor produtivo do DF aponta saídas para a crise

22385351115_217f4f5f94_kO deputado Izalci (DF) encaminhou carta contendo as demandas do setor produtivo do Distrito Federal ao governador Rodrigo Rollemberg. O documento contém as principais reivindicações dos empresários de diversos segmentos, que acumulam perdas com a crise econômica e fiscal pela qual passa a capital federal. 

Os negócios em setores como o atacadista, a construção civil, o comércio e a indústria vão mal. Em alguns casos, as razões vão além das dificuldades evidenciadas pelo governo este ano. O raio-x do setor produtivo foi traçado após reunião com as principais entidades empresariais do DF na Câmara dos Deputados, na última semana, proposta pelo deputado. Após o debate, que contou com representantes da Fibra, Sinduscon, Sindiatacadista, Fecomércio, ACDF e Sebrae, entre outros, foi elaborado documento final enviado ao governador. 

Entre as demandas apontadas pelo deputado está a redução da burocracia, tanto para a abertura de novos empreendimentos, quanto para a manutenção e expansão dos já existentes. Outro ponto sensível para diversos setores é a guerra fiscal, que tem levado empresas a trocarem o DF por Goiás e Minas Gerais. “Esse movimento traz graves consequências para toda a economia local, com queda na arrecadação de impostos e diminuição na oferta de empregos no setor privado”, apontou Izalci. 

GUERRA FISCAL

De acordo com Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista), entre 2008 e 2015, cerca de 500 empresas saíram do DF por causa do fim dos incentivos fiscais ao setor. O impacto foi sentido na arrecadação de ICMS, com a redução anual de pelo menos R$ 500 milhões. As perdas também geram impactos expressivos na construção civil. As empresas do DF devem fechar 2015 com uma redução acumulada de até 80 mil vagas. 

Os empresários pedem ao governo segurança jurídica nas relações entre a iniciativa privada e o setor público, além de esforços para manter e criar postos de trabalho, por meio da capacitação de mão-de-obra. Izalci aponta, também, que a qualificação de profissionais para trabalhar em empresas que lidam com alta tecnologia pode atrair indústrias não-poluentes para o DF e Entorno. 

As ações propostas envolvem, ainda, a criação de canal efetivo e permanente de discussão entre o GDF e o setor produtivo local. “Mostramos ao governo que as medidas para tirar o DF da crise envolvem muito mais do que o simples aumento aleatório de tributos. Com esse rol de sugestões, esperamos contribuir para a redução dos efeitos dessa crise: o desemprego e a queda no poder aquisitivo das famílias”, resume o parlamentar.

(Da redação/foto: Alexssandro Loyola)

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1 dezembro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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