Relações exteriores


Eduardo Barbosa discute acordo de livre comércio com deputados europeus

aecio neves

Presidente do Grupo de Amizade Brasil – União Europeia, o deputado Eduardo Barbosa (MG) se reuniu na quarta-feira com os eurodeputados Paulo Rangel, Antonio Marinho e Pinto, Carlos Zorrinho, Inês Zuber e Ashley Fox, com quem discutiu aspectos do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a UE que pode ser firmado até o final do ano.

Os parlamentares integram o Grupo para o Brasil do Parlamento Europeu e vieram ao país para conhecer as percepções de deputados e senadores acerca do acordo que é negociado há 20 anos. “Trata-se de uma oportunidade para estreitarmos o diálogo, discutirmos a cooperação e fazermos avançar as relações. No campo do comércio, preocupa-nos que o Brasil esteja fora dos principais arranjos como o Tratado Transpacífico e o Acordo Transatlântico”, avaliou Barbosa, que já presidiu a Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

Para o deputado, “o Mercosul e o Brasil precisam despertar para a necessidade de firmarmos um acordo com a União Europeia sob pena de comprometermos o desenvolvimento e a integração regional”. 

O tucano também conversou sobre a crise migratória europeia e o papel do Brasil no acolhimento de migrantes. Presidente da Subcomissão Permanente de Migração, Barbosa explicou que a Câmara discute mudanças na Lei de Migração e que o país tem recebido estrangeiros de diversas nacionalidades, sem o registro de casos graves de xenofobismo ou preconceito. 

CRISE POLÍTICA 

Eduardo Barbosa coordenou ainda reunião do grupo de parlamentares europeus com o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, oportunidade em que puderam trocar percepções acerca da situação política latino-americana em geral, e brasileira. Vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, a deputada Bruna Furlan (SP) também participou da reunião. 

Os parlamentares concordaram que a situação venezuelana é a mais grave para a região, pois o presidente Nicolás Maduro não permite que haja observadores internacionais e pressiona para que o registro de candidaturas da oposição sejam rejeitadas para as eleições legislativas de 6 de dezembro.  “Infelizmente o atual governo prefere países autoritários e ditatoriais para se relacionar, como a Venezuela, que está envergonhando a América Latina com a sua maneira de conduzir o processo eleitoral”, disse Bruna Furlan.

Ainda de acordo com Eduardo Barbosa, “os eurodeputados, que representam uma importante diversidade política daquele continente, não poderiam vir ao Brasil sem ter um diálogo franco e aberto com o principal líder da oposição neste país.” “Estamos atravessando um período de muitas incertezas e este intercâmbio permite compreender melhor o papel da oposição e de suas ações, todas sustentadas naquilo que diz a Constituição, como deixou claro o presidente do PSDB”, afirmou. 

O tucano revelou que uma missão parlamentar brasileira deverá dar continuidade ao diálogo com os eurodeputados, em março, quando irão a Bruxelas para instituir um mecanismo de diálogo político capaz de propor ações e implementar medidas no âmbito bilateral. 

(Do Inforel, com alterações/Foto: George Gianni)

Compartilhe:
6 novembro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *