Debate necessário


Deputados do PSDB defendem políticas públicas para a juventude e engajamento na política

22725330796_895527f270_kDeputados do PSDB participaram nesta terça-feira (3) de Comissão Geral que discutiu as Políticas Públicas para a Juventude. O debate foi proposto pela deputada Mariana Carvalho (RO), que presidiu a sessão. Os tucanos ressaltaram a importância do estabelecimento de medidas capazes de fomentar a educação, garantir empregos e a inclusão social dos jovens.

De acordo com Mariana, debater as políticas destinadas à juventude é extremamente necessário na atual conjuntura brasileira. Segundo dados do IBGE destacados por ela, o Brasil possui 17,6% de desempregados entre os jovens – o dobro da média nacional, que é de 7,9%. Ela ressaltou que a violência contra os jovens é crescente e chamou atenção para a elevada evasão escolar: apenas 54,3% dos alunos que ingressaram no Ensino Médio o concluíram.

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A parlamentar destacou que uma das formas de fazer com que esse debate seja permanente é com o engajamento dos jovens na política. “Para, assim, termos oportunidade de debater esses assuntos, dando oportunidade de mais igualdade, para que todos tenham uma presença mais efetiva dentro das universidades, não apenas com programas que façam propaganda em períodos eleitorais, mas que funcionem na prática, que gerem empregos, tenham mais opções de lazer, mais espaços culturais e, principalmente, valorização contra as violências”, disse.

Aos 28 anos e com uma história de luta e empenho político desde muito cedo, a jovem deputada agradeceu aos presentes na sessão e destacou o empenho de tantos outros jovens que lutam por um país melhor. “Estou muito feliz por estar neste Parlamento representando cada um de vocês com as nossas bandeiras, lutando por um futuro melhor, porque eu tenho certeza de que se a juventude não lutar hoje, não teremos o futuro que merecemos, não teremos um futuro de mais igualdade, com o qual todos nós sonhamos”, afirmou.

Ex-presidente nacional da Juventude PSDB, o deputado Bruno Covas (SP) ressaltou que o “analfabeto político” ajuda a gerar as mazelas sociais e a corrupção. “O fato é que faltam mais políticas públicas transversais, porque a juventude não é só uma questão vertical, é uma questão horizontal, envolvendo os mais diversos segmentos, que vão da educação à questão da atenção às DSTs, da possibilidade do primeiro emprego, do acesso à cultura, ao esporte, enfim, de algo que se multiplica e passa por várias questões”, alertou.

De acordo com o deputado, é preciso que a juventude discuta o seu futuro, a implementação, a criação e a gestação de políticas públicas. “Vamos juntar aquilo que nós temos de bom, vamos unir os nossos partidos em torno daquilo que é tão importante e tão caro, que é a juventude brasileira”, disse.

Outro representante da ala jovem do PSDB na Câmara, o deputado Caio Narcio (MG) ressaltou que o debate sugerido por Mariana pode ser considerado uma homenagem à juventude brasileira, mas também uma esperança de que, com a participação de todos, as políticas para a área vão avançar e, com elas, o país.

O tucano também alertou para a necessidade do envolvimento dos jovens nas causas políticas. “É na atuação permanente que mudamos a realidade do Brasil. Vivemos um momento de crise, mas também de falta de engajamento, quanto mais os bons se afastarem, os ruins vão tomar conta. O Brasil merece jovens como esses que estão aqui e precisa que continuem com esse engajamento”, avaliou. Caio Narcio afirmou que os jovens eleitos deputados federais têm buscado honrar o voto de seus eleitores.

Ismael Souza Junior, integrante da Juventude PSDB, discursou durante a sessão em nome da Liderança do partido. Ele destacou que o país nunca quis tanto que o jovem estivesse participando da vida política nacional para que as situações degradantes que fogem com a ética e com a moral dentro da sociedade e do Parlamento fossem mudadas.

“Mas, para que isso aconteça, é necessária a educação. É necessário que o jovem tenha insumo e tenha conhecimento para debater e para agir de frente aos movimentos antiéticos com os quais nos deparamos hoje. É vergonhoso tratar o jovem como um ser marginalizado e esquecido”, ressaltou. Ismael lamentou ainda os cortes em programas como FIES e disse que o atual governo não possui políticas para jovens, o que tem levado essa parcela da população, cada vez mais, ao envolvimento com o mundo do crime e à falta de emprego e educação.  

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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3 novembro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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