Lá como cá

Eleição na Argentina é condenação do populismo fiscal, diz Bruno Araújo

O líder da Oposição na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), comparou, nesta quarta-feira (28), o mau desempenho do governo argentino nas urnas ao índice de 70% de reprovação da presidente brasileira como uma resposta da população dos dois países ao populismo fiscal adotado tanto por Cristina Kirchner quanto por Dilma Rousseff. Segundo Araújo, essa cartilha levou ambas as nações a crises econômicas e políticas. O avanço da oposição portenha levará a um inédito segundo turno para presidente no próximo dia 22 de novembro.

“Parece que os dias do bolivarianismo e os do kirchnerismo estão contados na América do Sul. Nós achávamos que o maior país da América Latina, a maior economia, iria interromper o ciclo do bolivarianismo e abrir um novo ciclo de desenvolvimento na América do Sul, mas isso bateu na trave”, lembrou o líder em relação às eleições de 2014. “Mas parece que a Argentina – acrescenta – vai por um ponto nesse processo de populismo que levou aquele país a uma crise crônica, a Venezuela a um caos econômico e o Brasil a uma descrença pública e uma ruína econômica”.

Bruno Araújo destacou ainda que o candidato de oposição, Mauricio Macri, parece levar uma nova proposta para a Argentina e “todos que conhecem a América do Sul sabem como essa onda se propaga”. Ele lembrou ainda que o candidato da presidente Cristina Kirchner, Daniel Scioli, que veio ao Brasil fazer uma foto com Dilma “levou o que deveria levar, ou seja, uma impopularidade que foi demonstrada na última hora com um crescimento e uma reação do candidato Macri contra todo o populismo dos últimos anos na Argentina”.

Segundo o líder, a esperança e de que a América do Sul possa voltar a ter de governos que falem de forma verdadeira com a sociedade. E que acabe o discurso do “nós contra eles”, que funcionou algumas vezes no Brasil e na Argentina e agora não se sustenta mais.

(Da assessoria do deputado/ Foto: Alexssandro Loyola)