Oportunidade

Em audiência Pública, João Campos defende cotas na PM para egressos das Forças Armadas

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania promoveu nesta terça-feira (27) audiência pública para debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 149/07. Ela permite que sejam reservadas até 20% das vagas para que egressos das Forças Armadas de baixa renda ingressem como soldados da Polícia Militar. O deputado João Campos (GO), um dos proponentes do quente debate, destacou a importância do serviço, que já foi implementado em Goiás.

“A experiência foi exitosa, de muita sabedoria”, informou o tucano sobre o Serviço de Interesse Militar Voluntário Estadual na Polícia Militar do estado, modelo semelhante ao proposto pela PEC. Em sua intervenção, o parlamentar apontou que esses novos soldados  já possuem a formação das Forças Armadas. Conforme destacou, os candidatos deverão passar por mais um processo de capacitação para complementar seus conhecimentos. “Só após isso e sendo considerado apto, o candidato vai às ruas”, explicou.

Segundo o congressista, a proposta não torna obrigatória a adesão do serviço por todos os estados, mas possibilita seu engajamento aos que se interessarem, já que tem custo inferior.

Quando levantada a questão da falta de qualificação desses egressos, Campos destacou que esses ex-participantes das Forças Armadas são qualificados, além de preocupados com suas formações e qualidade de vida. “Isso me pareceu preconceito”, lamentou.

Estiveram presentes no debate o comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Coronel Marco Antônio Badaró Bianchini; o representante da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme), Coronel Elias Miler; o Secretário de Segurança Pública de Goiás, Dr. Joaquim  Cláudio Figueiredo Mesquita;  o Coronel da Polícia Militar do Distrito Federal, Marco Antônio Nunes e, representando o Conselho Nacional de Bombeiros Militares do Brasil (LIGABOM), o subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, Coronel Divino Aparecido de Melo.

Segundo o Coronel Divino Aparecido de Melo, para que a polícia esteja em todos os locais é preciso que tenha um efetivo maior. Para ele, esses militares auxiliariam no serviço. Conforme destacou, a princípio, os egressos desempenhariam funções administrativas. Apresentando compromisso com o trabalho, eles poderiam dar suporte nas ações operacionais.

(Reportagem: Thábata Manhiça/ Foto: Thyago Marcel/Câmara dos Deputados)