Governo de mentiras


Planalto não aprende lição e insiste com “pedaladas” nas contas, reprovam parlamentares

Baldy - VilelaA presidente Dilma demonstrou, mais uma vez, não ter aprendido a lição ao persistir nas “pedaladas fiscais” em 2015. Além da irresponsabilidade, o governo da petista não fala a verdade. A ONG Contas Abertas desmontou as recorrentes alegações de petistas, inclusive de Lula, de que as pedaladas serviram para subsidiar os pagamentos de benefícios sociais. Para deputados do PSDB, a descoberta de repetição das manobras fechou o cerco para a presidente Dilma, que afronta o Tribunal de Contas da União e o Congresso Nacional.

“A presidente deu claras demonstrações de irresponsabilidade na condução das contas públicas de 2014”, aponta o deputado Pedro Vilela (AL). De acordo com o parlamentar, a presidente, que teve as contas do ano passado reprovadas por unanimidade no TCU, parece não ter aprendido. E, num tom de afronta aos órgãos que fiscalizam seus gastos, ela volta a repetir as pedaladas no início do segundo mandato. O tucano alerta ainda que as atitudes negligentes tomadas pela presidente são graves e precisam ser esclarecidas.

 

Play

O relator da nova investigação no TCU é o ministro Raimundo Carreiro. Ele já solicitou à área técnica do tribunal que faça inspeção para confirmar as recorrentes irregularidades na Caixa, BNDES, Banco do Brasil e no Tesouro Nacional. A nova auditoria foi solicitada pelo Ministério Público da União, que apontou que o governo federal atrasou no primeiro semestre deste ano o equivalente a R$ 40 bilhões, mais que em todo o ano de 2014.

Conforme apontou o deputado Alexandre Baldy (GO), a prova de que a presidente cometeu as pedaladas em 2015 é que o rombo nas contas públicas pode chegar a R$ 60 bilhões, sendo que cerca de R$ 40 bilhões são devidos à Caixa, BNDES e Banco do Brasil. “O cerco realmente se fecha para a presidente Dilma para que ela tenha suas contas de 2014 reprovadas e a comprovação de que ela continuou cometendo essa irregularidade fiscal em 2015”.

Os apontamentos da ONG Contas Abertas revelam que os verdadeiros beneficiados com as pedaladas fiscais foram grandes empresas por meio do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES, criado para estimular a produção, aquisição e exportação de bens de capital e inovação. Já o Banco do Brasil financiou empréstimos para empresas do agronegócio.

Eles apontaram que mais de R$ 12 bilhões das pedaladas são referentes ao montante da equalização de taxa de juros devido pela União ao BNDES no âmbito do PSI. O programa gerou a despesa de R$ 24,5 bilhões acumulada junto ao Banco de Desenvolvimento. E, ao contrário do que o governo federal vinha defendendo para justificar as pedaladas, apenas R$ 7 bilhões foram utilizados para custear benefícios sociais.

“Os outros R$ 33 bilhões serviram para pagar o Bolsa Empresário”, criticou Baldy. De acordo com o congressista, quem pagará a conta serão os cidadãos por meio dos altos tributos impostos pela gestão petista. “Lula, de forma absolutamente irresponsável, comentou que as pedaladas pagaram o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. Mas essa é uma mentira que precisa ser combatida”, alertou Pedro Vilela. 

“O governo do PT deixou há muito de ser o governo dos pobres. É o governo da Bolsa Empresário, é o governo daqueles que mais podem. E nós da oposição não vamos aceitar que a mentira continue a conduzir as ações desse governo”, reforçou na quinta-feira o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves.

(Reportagem: Thábata Manhiça/ Fotos: Alexssandro Loyola)

Compartilhe:
16 outubro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *