Sessão cancelada

Sem força política, governo fracassa em mais uma tentativa de votar vetos presidenciais

Esvaziada, sessão do Congresso não alcança quórum pelo segundo dia consecutivo.

O governo federal fracassou na segunda tentativa seguida de votar os vetos presidenciais em sessão conjunta do Congresso. Assim como na terça-feira (7), a sessão de hoje precisou ser encerrada por falta de quórum. A presidente Dilma falha mais uma vez no teste de força com o Parlamento após a distribuição de cargos feita na reforma ministerial.

O presidente do Congresso, Renan Calheiros, chegou a suspender a sessão na esperança de alcançar o mínimo de 257 deputados presentes. No entanto, pouco mais de 200 marcaram presença e a sessão caiu.

Na avaliação do deputado Rogério Marinho (RN), Dilma abdicou da possibilidade de continuar administrando o país quando terceirizou a administração e a articulação política. O fiasco no Congresso é o preço pago por estabelecer um balcão de negócios na Esplanada, destacou o tucano.  “Na última semana, o governo protagonizou um espetáculo constrangedor para a nação. De forma explícita, fez uma cooptação de partidos políticos”, criticou.

VETOS POLÊMICOS
Estavam na pauta vetos polêmicos, como o aumento salarial de servidores do Judiciário e o reajuste de aposentadorias do Regime Geral da Previdência Social. As votações desses vetos já foram adiadas duas vezes, por falta de acordo e de quórum.

Essas propostas desagradam ao governo por conta do impacto nos cofres públicos. Estimativas dão conta de que a eventual derrubada do veto ao reajuste do Judiciário custaria R$ 36 bilhões até 2019. O aumento dos aposentados teria um impacto de R$ 11 bilhões no mesmo período.

(Da redação com informações da Agência Câmara/ Foto: Alexssandro Loyola)