Prática inaceitável


A pedido de tucanos, Comissão de Educação debate assédio ideológico nas escolas

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Rogério Marinho é autor de projeto de lei apresentado em maio que tipifica o crime de assédio ideológico. “A forma mais eficiente do totalitarismo para dominar uma nação é fazer a cabeça de suas crianças e jovens”, alerta.

A Comissão de Educação realiza audiência pública nesta terça-feira (6) para debater o assédio ideológico nas escolas brasileiras de educação básica. O debate ocorrerá a partir das  10h30 no Plenário 10. Assinam o requerimento os deputados Rogério Marinho (RN), idealizador  da audiência, além de João Campos (GO), Eduardo Cury (SP), Izalci (DF) e Diego Garcia (PHS-PR).

“Nossa intenção é que esse debate saia debaixo do tapete. A questão do assédio ideológico deturpa o processo educacional brasileiro. Por isso é importante o debate deste tema nesta Casa”, disse Rogério Marinho. O tucano defende que o professor deve apresentar todas as ideologias existentes, permitindo aos alunos “que façam seu próprio juízo de valor”.

Para combater os doutrinadores que se utilizam dessa prática, Rogério apresentou em maio projeto de lei que criminaliza o assédio ideológico. O objetivo da proposta é defender a “total liberdade de aprender” dos estudantes brasileiros, garantindo a apresentação de todas as visões sobre os mais variados assuntos, seja qual for a ideologia, permitindo assim que o próprio aluno tire a sua conclusão.  

“Não se pode demonizar uma ideologia e glorificar outra, inibir ou constranger o aluno porque ele tem um pensamento diferente do professor. E existem milhares de relatos desse tipo de prática nas nossas escolas, inclusive com livros didáticos aprovados pelo MEC”, disse o parlamentar.

No requerimento que pede a realização do debate, os parlamentares ponderam que o indivíduo em formação não possui maturidade intelectual suficiente para fazer juízo de valor acerca de posicionamentos que lhe são apresentados, aproveitando-se o professor dessa situação de vulnerabilidade para impor seus convencimentos ideológicos. 

Estão confirmadas as presenças de Bráulio Matos e Erlando Rêses, professores da UnB;  e de Roberto Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. A professora da Universidade de São Paulo Marilena Chauí, o professor, escritor e jornalista Olavo de Carvalho e o coordenador do Movimento Escola sem Partido, Miguel Nagib, também estão entre os convidados, assim como os jornalistas Ricardo Boechat e Rodrigo Constantino.

(Da redação, com assessoria do deputado Rogério Marinho/ Foto: Alexssandro Loyola)

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5 outubro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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