Justiça social


Tucanos defendem modernização da estrutura sindical em lançamento de comissão especial

21676866830_e07e5d552b_zDeputados do PSDB participaram nesta quinta-feira (1º) da reunião de instalação da comissão especial da Câmara encarregada de encontrar um novo modelo de financiamento do sistema sindical. O início dos trabalhos teve a presença de representantes de centrais sindicais: CUT, UGT, CGTB, COMLUTAS, CSB, CBB e Força Sindical.

A estrutura sindical brasileira precisa se modernizar, ter maior representatividade e se fortalecer junto às categorias profissionais que representa. A avaliação é do deputado Max Filho (ES), eleito segundo vice-presidente da comissão. Segundo o tucano, o trabalho dos parlamentares será importante para modernizar a estrutura sindical brasileira.

Os representantes de sindicatos se revezaram para falar contra o que consideram grave ameaça à estrutura sindical: a tentativa de flexibilização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e interferências do Ministério Público do Trabalho (MPT) que desobrigam as entidades de descontar contribuições de suas categorias.

Integrante da comissão especial, a deputada Bruna Furlan (SP) afirma que a participação dos sindicalistas vai construir uma proposta segundo o interesse dos trabalhadores. “Coloco-me à disposição, inclusive nas redes sociais, para juntos buscarmos um futuro com justiça social”, afirmou.

Para Max Filho, os sindicatos precisam se aproximar mais dos trabalhadores que representam. “Precisamos combater a proliferação de sindicalistas profissionais, que fazem do sindicato meio de vida”, defendeu.

Ele diz ainda que as discussões vão auxiliar na busca de outras opções de financiamento do movimento, que não seja o imposto sindical. “O sindicalismo moderno tem que buscar novas alternativas de financiamento, com um trabalho que gere reconhecimento de seus representados”, afirmou.

O presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira, reclama de perseguição do Ministério Público e das ações promovidas pelo atual governo que fizeram aumentar o número de desempregados. Ele defende um sindicato forte e transparente.

“Sindicato forte para impedir o corte no seguro desemprego, para impedir que tire a pensão das viúvas, para acabar com esse fator previdenciário que rouba o dinheiro dos trabalhadores e para defender a causa dos trabalhadores”.

Para o presidente da Nova Central, José Calixto, os sindicatos estão sendo pressionados e não têm mais de onde tirar recursos para garantir o custeio das entidades. Ele questiona as medidas que estão em discussão no Senado Federal: uma que propõe a exclusão da contribuição sindical e outra que isenta servidores públicos da obrigatoriedade dessa contribuição. “Não queremos abrir mão da contribuição sindical prevista na Constituição”, afirmou.

O presidente da comissão será o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP). A primeira vice-presidência ficou com o deputado Carlos Gaguim (PMDB-TO). A relatoria está a cargo do deputado Bebeto (PSB-BA).

(Reportagem: Ana Maria Mejia/ Foto: Alexssandro Loyola)

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1 outubro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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