Desespero e despreparo


Para deputados, reforma ministerial não passa de tentativa de Dilma de se manter no poder

Rogério - Fábio - BrunoCom a popularidade em frangalhos, base aliada enfraquecida e ameaçada de impeachment, a presidente Dilma Rousseff se agarra à reforma ministerial num tentativa desesperada de se manter no poder. Numa demonstração de que está disposta a pagar qualquer preço para permanecer no Palácio do Planalto, a petista iniciou o troca-troca na Esplanada, envolvendo inclusive pastas fundamentais como Saúde e Educação. Para deputados do PSDB, as mudanças não levam em conta o interesse da população e visam apenas a manutenção do projeto de poder do PT. 

O país da “Pátria Educadora” terá seu quarto ministro na Educação apenas no 2º mandato da de Dilma. Apos demitir Cid Gomes e Renato Janine Ribeiro, o atual chefe da Casa Civil, Aloísio Mercadante, deve reassumir o MEC. Antes de Janine assumir, Luiz Claudio Costa foi o ministro interino. “Qual a seriedade de um governo que coloca esse slogan e faz esse tipo de troca, levando em consideração o critério do fisiologismo e da acomodação política?”, questionou o deputado Rogério Marinho (RN).

A jogatina política feita pela presidente, segundo Fábio Sousa (GO), prova desespero e despreparo. E mostra que Dilma não se preocupa em fazer um governo competente. Conforme apontou o parlamentar, em seus 12 anos de vida política, nunca viu a negociação envolvendo o Ministério da Saúde. “Essa pasta sempre foi algo que se colocou no pedestal, da forma que deveria ser. É guiada por alguém de confiança e possui o maior orçamento da Esplanada. E a presidente colocar o ministério num balcão de negócios para se segurar no governo mostra o porque ela não deveria continuar lá”, ressaltou.

Pátria deseducadoraDe acordo com o deputado Bruno Covas (SP), isso não é uma reforma ministerial, mas uma reacomodação de forças políticas visando uma tentativa desesperada de continuar no poder. “A presidente Dilma mostra que não tem mais nenhuma condição, do ponto de vista ético, moral, de capacidade de gestão, de continuar à frente do Brasil. E tenta agora, desesperadamente, acomodar mais seus aliados para ter o mínimo de governabilidade”, analisou. De acordo com o tucano, o país quer mudança e reiterou que o PSDB defenderá o impeachment por estar sintonizado com os apelos da população.

(Reportagem: Thábata Manhiça/ Fotos: Alexssandro Loyola)

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1 outubro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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