Economia em transe
Cotação recorde do dólar reflete falta de credibilidade do governo Dilma, avaliam deputados
Nesta terça-feira (22), o dólar comercial fechou a R$ 4,05 pela primeira desde o Plano Real, em mais um recorde do governo Dilma. A alta da moeda americana deve derrubar o Brasil no ranking das maiores economias do mundo, elevar a dívida externa das empresas em reais e pressionar os índices de inflação. Para deputados do PSDB, o enfraquecimento do real é consequência da perda de credibilidade da gestão petista, que transmite insegurança ao mercado financeiro e aos investidores.
Ao comentar a marca histórica, o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) disse que, com a crise política, econômica e moral, é tão grande a falta de clareza que ninguém sabe o que vai acontecer no período da tarde. O tucano também reprovou a postura do governo Dilma diante da situação. “Ao invés de buscar alternativas concretas para tirar o Brasil da crise, Dilma e todo seu staff trabalham apenas para se manter no poder, oferecendo ministérios e outros cargos para garantir apoios no Congresso. Isso é lamentável”, destacou.
Entre as razões para o alto da moeda, está a desconfiança do mercado em relação ao êxito do governo Dilma na aprovação das novas medidas de ajuste fiscal. Neste mês uma das principais agências internacionais de classificação de risco tirou do Brasil o selo de bom pagador. Segundo ranking elaborado pela Austin Rating destacado pelo portal UOL, a escalada do dólar, associada ao baixo crescimento econômico, fará o Brasil perder a 8ª posição entre as maiores economias globais.
Para o deputado Otavio Leite (RJ), o governo Dilma “faliu por completo” e mostra ausência total de credibilidade nos cenários nacional e internacional. “É algo extremamente preocupante. Lamentavelmente este é o triste fim do governo do PT. É preciso mudar rapidamente essa realidade”, defendeu. Segundo ele, a desconfiança provoca desinteresse ou a acomodação de investidores. “Isso produz a estagnação econômica ou até diminuição do PIB. Menos geração de emprego e renda e , portanto, uma crise social que se avoluma a cada dia”, alertou.
Decano na Câmara, o deputado Bonifácio de Andrada (MG) lembrou a importância fundamental da política e da economia na vida de qualquer nação. Segundo ele, quando a primeira é muito fraca, não consegue gerenciar a segunda. É o que está acontecendo no Brasil. “Vivemos uma grave crise na política, com influências na economia. No momento em que dólar chega a essa altura e o real fica tão desvalorizado, passamos a ver que a crise é da mais alta gravidade, pois atinge o dia a dia das pessoas, suas atividades domésticas, profissionais e a manutenção das suas famílias”, disse o parlamentar.
(Da redação/ Áudio: Hélio Ricardo)
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