Pátria deseducadora


Tucanos criticam indiferença do governo federal diante de greve nas universidades

Izalci - Hauly 800No país da chamada “pátria educadora”, a greve nas universidades federais já dura quatro meses, prejudicando, além dos alunos, milhares de pessoas que dependem dos serviços prestados pelas instituições. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) apresentou na semana passada carta de reivindicações ao Ministério da Educação. Parlamentares do PSDB criticaram o governo federal, que permanece de braços cruzados diante do problema.

Na carta ao MEC, os professores universitários pedem a reversão do contingenciamento, com a garantia dos valores previstos na Lei Orçamentária de 2015. Segundo o deputado Izalci (DF), no discurso, a “pátria educadora” é maravilhosa, mas, na prática, é o oposto. Para o tucano, não há movimentação de Dilma no sentido de acabar com a greve e só se fala em cortes. “Isso é a demonstração de que realmente a educação não é prioridade neste país. Governar é eleger prioridades”, destacou o tucano, que é integrante da Comissão de Educação da Câmara.

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De acordo com o parlamentar, existem inúmeras ações que podem ser feitas. “As ações práticas que são tomadas pelo governo vão na contramão daquilo que se deve fazer ou se prometeu fazer na campanha eleitoral”.

Outro pedido da categoria é por melhores condições de trabalho e liberação de concursos para o setor. Além disso, a reestruturação da carreira e valorização salarial de ativos e aposentados. Para o deputado Luiz Carlos Hauly (PR), o partido que se diz ser dos trabalhadores foi o que mais prejudicou os funcionários públicos no país, não repassando nem a inflação e cortando o orçamento de universidades e outros órgãos.

“Hoje o desencanto chega ao desespero de milhares de servidores públicos federais pela falta de habilidade, competência, de respeito com o servidor. E, principalmente, com os funcionários e professores das universidades federais”, alertou.

Neste ano, os cortes realizados pela presidente Dilma afetaram as contas do ministério da Educação, comprometendo o bom funcionamento das instituições. Em maio, a tesourada arrancou da pasta mais de R$ 9,4 bilhões e, em julho, cerca de R$ 1 bilhão. “A presidente cunhou o marketing ‘pátria educadora’ só para ganhar votos, só para fazer marketing eleitoral. Ela é totalmente o oposto. É a mãe da pátria deseducadora”, ressaltou Hauly.

Na avaliação do parlamentar, se Dilma estivesse preocupada em educar, não teria permitido a volta da inflação, espalhado a corrupção e retirado dinheiro do povo brasileiro. 

(Reportagem: Thábata Manhiça/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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21 setembro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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