Investigação necessária
Insatisfeito com depoimento do secretário do Coaf em CPI, Baldy pede convocação de diretor de fiscalização
O deputado Alexandre Baldy (GO), sub-relator da CPI do BNDES, afirmou que o depoimento do secretário-executivo do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Ricardo Liáo, à Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o banco não esclareceu as dúvidas apresentadas. O tucano fez questionamentos sobre a forma com que o conselho lida com informações que podem ser de caráter duvidoso.
Baldy citou, em específico, os casos do ex-presidente Lula e do ex-ministros Antonio Palocci e Fernando Pimentel, que receberam grandes quantias em dinheiro de empresas relacionadas com o BNDES para o exercício de atividades de consultoria e realização de palestras. Para melhor esclarecer essas informações, o deputado afirmou que vai pedir a convocação do diretor de Análise e Fiscalização do Coaf, Antônio Carlos Ferreira de Souza.
“Cito como exemplo o ex-ministro Antonio Palocci, que recebeu por meio do escritório do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos um valor muito alto na mesma época em que o ex-ministro recebeu de uma empresa muito grande, que por motivos alheios, buscava o BNDES para operações de crédito”, apontou. Baldy defendeu a convocação do diretor de fiscalização, que segundo ele trará esclarecimentos sobre a forma com que funciona a fiscalização de situações que envolvem grandes quantias de dinheiro e merecem atenção por parte do Conselho. Baldy também protocolará o pedido de transferência de sigilo bancário do ex-ministro Antonio Palocci.
“A função dessa CPI é de investigar todos os contratos e o destino dos recurso que foram celebrado por parte do BNDES”, defendeu Baldy. Para ele, todos os indícios de tráfico de influência que tenham ocorrido no banco devem ser investigados. “E o COAF é um órgão fundamental para nos auxiliar a descobrir se realmente houve trafico de influência, que empresas possam ter recebido por parte do banco receitas, seja por compras de ativos, seja por contratos firmados, que possam ter oferecidos a essas atividades de consultorias”, completou.
A próxima reunião da CPI vai ocorrer na próxima terça-feira (22) para ouvir depoimentos de diretores do BNDES.
(Da assessoria do deputado)
Deixe uma resposta