Dilma afunda o país

Brasileiros ainda vão sentir muito os efeitos da crise econômica, alerta deputado Betinho Gomes

Mais uma onda de más notícias sobre a situação da economia brasileira veio à tona nesta semana. A perversa realidade imposta pelo governo do PT à população brasileira foi comprovada em números. Desemprego recorde, inflação, queda no consumo e nova previsão de cortes em programas sociais e aumento de impostos são elementos que compõem o tenebroso cenário atual do país e ajudam a entender a ampla reprovação popular do governo Dilma Rousseff.

Nesta sexta-feira (21), o deputado Betinho Gomes (PE) fez um breve diagnóstico da situação e afirmou estar “desesperançoso” diante dos caminhos adotados pelo governo para tirar o Brasil do atoleiro. Na avaliação do tucano, a perspectiva é sombria para os brasileiros, sobretudo aos mais pobres, que enfrentarão mais dificuldades devido à incompetência e à irresponsabilidade fiscal dos governos de Lula e Dilma.

“O cenário é muito desfavorável para a população. Temos uma crise profunda, com um governo politicamente fraco e que tem apresentado soluções frágeis”, alertou. “Houve muito populismo fiscal e agora o preço está sendo cobrado. A população mais carente é a grande vítima dessa incompetência generalizada que tomou conta do Brasil nos governos do PT”, completou.

Betinho destaca que as ações adotadas até o momento atingiram ainda mais a sociedade, pois o governo optou por aumentar impostos e reduzir direitos trabalhistas num momento em que o desemprego cresce, além de elevar juros.

“Temos uma crise profunda com um governo politicamente fraco e que tem apresentado soluções frágeis”, alertou tucano nesta sexta-feira.

NÚMEROS PREOCUPANTES

A crise em curso é evidenciada por vários números: a economia brasileira encolheu 1,89% no segundo trimestre do ano pelos cálculos do Banco Central. O consumo das famílias, tão estimulado por Lula e Dilma de maneira populista e eleitoreira sem nenhuma responsabilidade, registrou, no segundo trimestre do ano, queda de 1,5%, segundo cálculos do economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn. Foi a segunda baixa consecutiva, sinalizando que o indicador fechará 2015 com retração – a primeira em 12 anos. 

No mercado de trabalho, os reflexos também são evidentes: segundo o IBGE, em julho o desemprego chegou a 7,5%, na sétima alta mensal consecutiva. A taxa é a maior para meses de julho desde 2009. Também em alta, a inflação subiu 0,43% entre o final de julho e o começo de agosto. 

Divulgado nesta sexta, o IPCA-15, considerado uma prévia da inflação, mostrou aumento de preços de 0,43% entre o final de julho e o começo de agosto –  a taxa mais elevada para meses de agosto desde 2004. Em 12 meses, o percentual chega a 9,57%.

Segundo Betinho,  o governo deveria fazer um ajuste fiscal interno, cortando gastos de custeio e reduzindo a estrutura da máquina administrativa, com corte de ministérios e cargos comissionados.

MAIS IMPOSTOS

No entanto, não há sinalização nesse sentido. O governo pretende mais uma vez atingir o bolso do cidadão. Para garantir a meta de superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) de 2016, de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), a equipe econômica já se prepara até mesmo novos aumentos de impostos e revisão em programas sociais.

O tucano lembrou ainda que o governo vai usar os bancos públicos para oferecer financiamento para o setor automobilístico. Recorrer a benefícios fiscais para setores específicos da economia foi uma das fórmulas, segundo ele, que levou a economia à bancarrota no governo do PT.

“Isso não resolve os problemas. Esse caminho já foi percorrido e foram exatamente essas decisões erradas que nos levaram a essa situação fiscal que vivemos hoje, com tantos números negativos”, alertou. “Estou desesperançoso quanto ao futuro do Brasil neste momento, pois o governo não tem mostrado uma saída consistente e a população ainda vai pagar um preço muito alto, pois a crise só tende a aumentar”, concluiu.  

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)